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 É o que temos BY ms tAVARES

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Vitor mango

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MensagemAssunto: É o que temos BY ms tAVARES   É o que temos  BY ms tAVARES EmptySeg Jan 21, 2008 6:04 am

É o que temos
8:00 | Segunda-feira, 21 de Jan de 2008

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Quando gostam de se insinuar como políticos de uma profunda reflexão e de ideias para além da 'espuma dos dias', os políticos de agora dizem que a sua fonte de inspiração é Churchill. A sugestão implícita é a de que são políticos de causas, batendo-se por ideais contra a 'ditadura mediática' e sempre apressada da luta política dos tempos de hoje.

A sugestão é, obviamente, ridícula e deve ser desprezada como tal. Nenhum político de hoje tem a estatura de um Churchill, e por várias e irremediáveis razões. Primeiro, porque não nascem ricos nem aristocráticos, não se podendo permitir o luxo de olhar para a carreira política com o tom diletante com que o fazia Churchill: quando precisou de ganhar dinheiro a sério para manter o elevadíssimo nível de vida que não queria largar, Churchill ganhou-o como escritor, como colunista de jornais ou como jornalista e repórter de guerra e não sentado no Governo ou nos Comuns. Segundo, porque o grande luxo de não precisar da política para ser conhecido ou para ganhar dinheiro dava a Churchill a faculdade de poder fazer política por duas únicas razões: por gozo ou por sentido de dever patriótico. Terceiro, porque, tendo-lhe sempre sido indiferente a imagem que transmitia, permitia-se fazer e dizer qualquer coisa que lhe apetecesse, onde e quando lhe apetecia.

Conta-se que, largos anos depois do final da guerra, o marechal Montgomery, o 'herói do deserto' e vencedor de El Alamein, contava a Churchill qual era o segredo da sua longevidade e boa forma física: "Nunca fumei, fiz sempre exercício físico e durmo bem todas as noites". Ao que Churchill, mais velho que o marechal, respondeu: "Pois eu cá, o meu segredo é que sempre fumei, nunca fiz exercício físico e só durmo bem à tarde". A sua actividade noctívaga era célebre. Durante o "blitz" de Londres, era frequente vê-lo a seguir as operações anti-aéreas, noite fora, no centro de comando, e, quer em guerra, quer em paz, mantinha sempre um "staff" de três secretárias, que rodavam por turnos, de modo a cobrir as 24 horas do dia e a estarem sempre disponíveis para quando lhe desse a espertina. A secretária que fazia o turno da manhã começava o despacho sentada ao lado da banheira onde o poderoso Winston Churchill se banhava nu durante horas, ao mesmo tempo que tomava um pequeno-almoço de ovos estrelados, bacon e costeletas de carneiro, acendia o primeiro charuto do dia e ditava ordens, discursos ou artigos para os jornais. Está bom de ver que um homem com tais hábitos jamais faria carreira política nos tempos de hoje.

Mas, ao contrário do que apressadamente se supõe, Churchill esteve longe de ter uma carreira política de triunfo em triunfo. Nos seus longos anos no poder, na oposição ou à margem da política, o que lhe sucedeu foram sobretudo derrotas. Como primeiro lord do Almirantado, no começo da I Guerra Mundial, teve de se demitir, assumindo a responsabilidade política por erros de estratégia militar da Marinha de Guerra. Muitos outros erros cometeu como supremo responsável pela estratégia militar durante a II Guerra Mundial, e alguns deles com elevadíssimos custos humanos. Entre guerras, encaixou uma série de desaires eleitorais e passou vinte anos a pregar sozinho no deserto contra o Tratado de Versalhes e a avisar que a Alemanha hitleriana se estava a rearmar. Mesmo reconhecido unanimemente como o principal responsável pela vitória dos Aliados, foi despedido sumariamente pelos ingleses na primeira eleição pós-guerra, dando razão a uma sentença célebre: "A ingratidão para com os grandes homens é o sinal das grandes nações". Em Ialta, ao lado de Roosevelt (a quem os historiadores depois desculparam, dizendo que estava muito doente), ele deixou-se literalmente enganar por Estaline, só tarde de mais acabando a vociferar contra a Cortina de Ferro. E quando a Índia se batia por uma independência que a Inglaterra já não conseguia mais evitar, ele profetizou que, sem a Índia, a Inglaterra desapareceria do mapa e sozinho levantou-se nos Comuns para protestar contra a visita negocial de Gandhi, a quem chamava "esse faquir seminu".

O que sobretudo interessa reter da biografia de Churchill é o retrato de um homem de uma imensa coragem física e moral, de uma personalidade à prova de quaisquer comentários ou julgamentos alheios e de um absoluto sentido de dever e de amor à Inglaterra - ou melhor, à ideia do Império Britânico, pelo qual combateu, como soldado, na Flandres, na África do Sul, na Índia, no Afeganistão e no Sudão. De todas as célebres histórias acerca do seu famigerado sentido de humor, a que acho que melhor retrata a sua filosofia de corredor de fundo é talvez a última em data. Já muito velho, mas ainda deputado nos Comuns, sentado no seu obscuro lugar de "backbencher" e aparentemente adormecido durante um debate, Churchill ouviu uma conversa sobre si de dois jovens deputados sentados próximo: "O velho está mesmo xexé". Rodando sobre o cotovelo em que se apoiava, parecendo dormir, o velho Winston encarou-os e disse: "E surdo!"

Devo confessar que estas reflexões sobre o 'leão' me ocorreram olhando para a ainda incipiente carreira de Luís Filipe Menezes à frente do PSD. Como é que um bom autarca e um homem que parecia ter chegado à maturidade política - ou, pelo menos, ao lugar para que se vinha preparando há tempo suficiente - se transforma no espaço de dois meses num catavento político, que não conhece bússola, nem pontos cardeais, nem direcções do vento?

Parece-me óbvio: afinal, não estava preparado. Ou cobiçou o lugar sem saber muito bem porquê ou para quê. Acabado de eleger pelos militantes do PSD, ei-lo que se foi entregar nas mãos de um "spin doctor" e fazedor de imagem. Escolheram Menezes, saiu-lhes Cunha Vaz: foi uma má maneira de começar as coisas. Convencido que a política moderna é apenas a imagem mais as frases certeiras no momento certo, Luís Filipe Menezes transformou-se numa marioneta triste, sem tom nem som, uma espécie de caricatura de si próprio. Começou por seguir a moda das gravatas de cor lisas e de discursar com uma mão estendida, segurando o polegar e o indicador - deve ser o Cunha Vaz que acha que impressiona na televisão. Depois, sem assento no Parlamento, inventou uma fórmula assaz patética de fingir que está presente nos debates principais, convocando a imprensa para discursar a seguir sobre as intervenções do primeiro-ministro, sozinho e sem contraditório. Enfim, mal preparado, sem ideias sobre os assuntos que interessam nem tempo para as ter, reduziu toda a postura de líder da oposição a uma regra simples: o que Sócrates fizer, ele é contra; e, se fizer o que ele quer, é porque se rendeu às ideias de Menezes.

Com excepção das extraordinárias propostas que fez para dividir com o PS as grandes obras públicas, a banca e os comentadores televisivos, Menezes oscila conforme acha que sopra o vento, se necessário desdizendo hoje o que dissera ontem. Se no passado, tal como Sócrates, defendia a Ota, acabou a reclamar vitória em Alcochete; se Sócrates desistiu de convocar o referendo ao Tratado de Lisboa (que Menezes tanto queria evitar) foi o primeiro-ministro que se rendeu às ideias do PSD e por não as ter próprias; se o Governo emenda a mão no dia seguinte e desiste de pagar os aumentos das pensões em duodécimos, tal como reclamado pela oposição, tal representa simultaneamente uma grande vitória do PSD e um sinal de desnorte do Governo. Se Sócrates se gaba de ter posto o défice público abaixo dos 3%, Menezes chama o infausto dr. Bagão Félix para explicar ao estupefacto país que foi ele próprio e no Governo Santana Lopes quem conseguiu transformar a água em vinho e outros milagres que tais. E a quem, lá dentro do partido, lhe pergunta para onde vai com tantos ziguezagues, ele responde que são uns cobardes e que, se quiserem, já está pronto para eleições: não contra Sócrates, mas contra os inimigos internos.

Pobres políticos de agora! Que raio de profissão!
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Vitor mango

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MensagemAssunto: Re: É o que temos BY ms tAVARES   É o que temos  BY ms tAVARES EmptySeg Jan 21, 2008 6:06 am

LI O MESMO BOOK KU MIGUEL
A VIDA DO cHURCHIL É LINDA MAS O mst NAO DIZ DUAS COISAS BASICAS
a MULHER DO wc MANDAVA NELE ...OU
DEPOIS O wc ERA REALMENTE DOENTE E VARIAS VEZES ESTEVE A ATAR A BOTA ...SÓ QUE ERA SEGREDO MDE GUERRA TOCAR NA MATERIA

oUTRA COISA

nAO GOSTAVA DE SALAZAR
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MensagemAssunto: Re: É o que temos BY ms tAVARES   É o que temos  BY ms tAVARES EmptySeg Jan 21, 2008 9:09 am

Oh Mango, A MINHA MULHER TANBEM mada em mim!!! E DAI? Nao sabe que os METIDOS A MACHO acabam , na RUA? Laughing Laughing Laughing
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