Egito começa a barrar entrada de palestinos
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As forças egípcias não impediram a entrada de palestinos por dois dias |
As tropas de choque egípcias começaram nesta sexta-feira a tentar bloquear a entrada de palestinos que tentam ingressar no
país através de buracos abertos na barreira entre os dois territórios. Forças de segurança usaram canhões de água contra os palestinos e o governo egípcio disse que vai selar a fronteira a partir
das 15 horas (horário local, 11 horas de Brasília).
Correspondentes dizem, entretanto, que essa não será uma tarefa fácil já que mais de metade da barreira de 12 quilômetros
foi demolida.
A
ONU calcula que metade dos cerca de 1,5 milhão de palestinos residentes
da Faixa de Gaza cruzou a fronteira desde que militantes demoliram
parcialmente o muro na manhã de quarta-feira.
Um
correspondente da BBC em Rafah diz que o fluxo foi tão grande que, nos
últimos três dias, a cidade, que é dividida pela fronteira, parecia ter
sido anexada pelos palestinos. O centro de Rafah, segundo o
correspondente, se transformou em um mercado a céu aberto.
Armas A
grande maioria foi ao Egito comprar comida e produtos que ficaram
escassos na Faixa de Gaza desde que Israel resolveu bloquear sua
fronteira com o território, para pressionar militantes palestinos a
cessarem o lançamento de foguetes contra cidades israelenses.
Israel pediu
para que o Egito controle a fronteira, dizendo temer que militantes
poderiam aproveitar a situação para contrabandear armas para Gaza.
Na noite de
quinta-feira, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse
entender que o Egito passava por uma situação "difícil", mas afirmou se
tratar de "uma fronteira internacional, que precisa ser protegida" e
que "os egípcios compreendem a importância disso".
Logo depois o ministro das Relações Exteriores do Egito, Hossam Zaki, prometeu que a situação na fronteira "será normalizada".
"A situação atual é apenas uma exceção temporária", disse ele.