Autoridades de segurança concluiram que Portugal não serviu de passagem a supeito detido em Barcelona
Lisboa, 04 Fev (Lusa) - As autoridades de segurança portuguesas concluíram que Portugal não serviu de passagem para qualquer elemento da célula terrorista desmantelada em Barcelona, Espanha, em meados de Janeiro, disse hoje à Lusa fonte oficial.
O chefe do Gabinete Coordenador de Segurança, tenente-general Leonel de Carvalho, referiu à Lusa que depois de analisados os dados recebidos e verificadas as informações "não foi notado qualquer indício da passagem por Portugal desses elementos".
Na sequência da detenção na capital catalã de 14 suspeitos (dez dos quais ainda se encontram detidos) de planearem atentados terroristas, as autoridades espanholas alertaram as autoridades portuguesas para a possibilidade de um desses elementos, um paquistanês, ter chegado a Espanha proveniente de Portugal.
Sobre a possibilidade, avançada domingo pelo jornal espanhol El País, de os terroristas estarem a preparar atentados nas redes de metro de cinco países europeus, entre os quais Portugal, Leonel de Carvalho considerou que "este dado nada acrescenta" à investigação.
"Trata-se de mera especulação. Não há nada que indique essa possibilidade", disse.
O jornal El Pais refere que a operação terrorista começaria com um ataque no metro de Barcelona a que se seguiriam outros semelhantes no Reino Unido, Alemanha, França e Portugal e serviria de "baptismo de fogo internacional" do líder tribal paquistanês do Waziristão, Baitullah Mehsud.
Segundo um jovem paquistanês que se tornou informador das autoridades espanholas, o ataque a Portugal seria levado a cabo por dois suicidas.
CFF
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