Pão
Custo da matéria-prima é de 2,5 cêntimos numa carcaça que custa 10 cêntimos
O custo da matéria-prima no preço final de uma carcaça de 40 gramas, que custa 10 cêntimos, é de 2,5 cêntimos, refere um estudo do presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP), Carlos Alberto Santos
De acordo com o estudo, o peso do custo da matéria-prima - que inclui farinha, mas também açúcar, melhorante, sal e fermento - no preço final do pão é de 25 por cento.
Os restantes factores de produção para o fabrico do pão são os custos com pessoal, que pesam 29 por cento, isto é, 2,9 cêntimos, acima do custo com a matéria-prima, e os custos inerentes à actividade, do qual faz parte o custo com a energia, que pesa 20 por cento, ou seja, 2 cêntimos.
Os restantes 2,6 cêntimos, são repartidos entre 1,9 cêntimos para instalações e equipamentos (peso de 19 por cento); 0,4 cêntimos para impostos (peso de 4 por cento) e 0,3 cêntimos para consultadoria (peso de 3 por cento), nos quais se inclui gastos com desinfestação e higienização de instalações e viaturas.
Todos estes custos contabilizados fazem com que o preço de uma carcaça custe 10 cêntimos.
A este preço acresce uma margem comercial de 30 por cento, mais 3 cêntimos, e o IVA a 5 por cento, ou seja, mais 0,65 cêntimos.
No total, uma carcaça é vendida a 13,7 cêntimos.
O estudo de Carlos Alberto Santos refere ainda que estas contas não incluem despesas bancárias correntes, ferramentas e utensílios de desgaste rápido, multas fiscais e outros custos extraordinários.
O responsável afirmou quarta-feira que o preço do pão vai ter de aumentar cerca de 50 por cento para que as empresas panificadoras não fechem portas, devido ao custo crescente da matéria-prima e à diminuição das vendas.
O presidente da ACIP lembrou ainda que «na panificação, 50 por cento dos custos são matéria-prima» e que desde o final de 2006 e até agora, o preço das matérias-primas, nomeadamente as farinhas, aumentou entre 120 a 140 por cento.
Lusa / SOL