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 Uma história de sucesso no olival

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Xô Esquerda

Xô Esquerda


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MensagemAssunto: Uma história de sucesso no olival   Uma história de sucesso no olival EmptySeg Mar 10, 2008 12:16 pm

Investimento da Franlabora é candidato a projecto PIN

Uma história de sucesso no olival

07.03.2008

Na estrada entre Beja e Serpa e para além desta, rumo a Espanha, ninguém consegue passar indiferente à mudança da paisagem nos últimos anos. Quais videiras, as oliveiras arrumam-se alinhadinhas ao longo de hectares e hectares. É o dedo - ou antes a mão toda - espanhola no Alentejo, que em poucos anos pôs no terreno uma produção que em rapidamente dá lucros ao proprietário.

Foi isso que se passou em Fonte dos Frades, perto de Serpa, a primeira herdade que os espanhóis da Franlabora compraram em Portugal, em 2003. Com 630 hectares, a plantação teve início em 2004. Dois anos depois construiu-se o que hoje é o maior lagar de Portugal, com uma capacidade para tratar 25 milhões de quilos de azeitona, num investimento de 4,5 milhões de euros e que recebe também produções exteriores ao grupo. Há menos de um mês, terminou o seu segundo ano de laboração, o que significa que as suas oliveiras estavam a produzir em pouco mais de dois anos.

É este o grande segredo dos espanhóis, que deixa os alentejanos estupefactos. Habituados a plantar agora e colher daqui a 20 anos, o seu olival de sequeiro, com as espécies tradicionais, nunca prometeu rendimentos céleres. Embora ninguém negue a qualidade acrescida que alberga.

"A condição das herdades portuguesas são melhores do que as espanholas por causa do clima mais suave e da qualidade do solo", explica José Luis de Prado Ruiz-Santaella, responsável pelo Grupo Âncora que depois de reunir os activos agrícolas e industriais em Portugal criou, para este país, a SGPS Franlabora.

O sucesso não os deixou indiferentes. Em 2007, o grupo lança-se na compra de propriedades, adquirindo as herdades Benjoim-Abegoaria (550 hectares mais 730), Antas (108), Morena (101) e Capelinha (179). Tudo para olival, a plantar já este ano, com excepção da Morena e Capelinha que já estão a produzir. No final de 2007, conseguiu ainda entrar na Herdade dos Machados (6101 hectares) com "o projecto de plantação intensiva de olival mais ambicioso do mundo", segundo os próprios.

Com a entrada na Herdade do Machados, o grupo passa a ter em Portugal 7.289 hectares de olival, acrescidos de mais mil para gado e 100 de vinha. Um total de cerca de 8400 hectares (ou seja, bem mais do que oito mil campos de futebol), que inclui uma componente industrial. E que tem como objectivo chegar a 2012 a produzir 95.000 toneladas anuais de azeitona.

O maior do mundo

Se tudo correr bem em terras de Moura, tornar-se-á o maior grupo produtor de azeite do mundo, tendo valorizado os seus activos em Portugal para uns módicos 385 milhões de euros. Não por acaso: o objectivo é chegar, no conjunto das sete herdades, à produção de 95 milhões de quilos de azeitonas por ano, o que gerará, segundo as suas previsões, a uma facturação superior a 500 milhões de euros acumulados até 2022, tanto pela parte agrícola como industrial.

Porque é que os portugueses não aproveitarão o que parece ser uma mina de ouro? Será falta de visão? Ausência de espírito de risco? O que é que os leva a abdicar das suas terras? "Falta de dinheiro, os proprietários estão descapitalizados, não têm como investir e a burocracia é medonha", responde Jorge Costa, da Casa Agrícola Santos Jorge, da Herdade dos Machados, que elogia a espantosa organização dos espanhóis.

Mas também falta algum dinamismo empreendedor, admite quem trabalha directamente com os espanhóis e vê a diferença de reacções: "Os alentejanos, quando chegaram os espanhóis, pensaram que eles estavam malucos por esperarem ver os olivais renderem em pouco tempo mas o certo é que eles conseguem, com culturas intensivas", diz Francisco Páscoa. "E não me admirava que daqui a algum tempo começassem também a apostar nas hortícolas", acrescenta.

Note-se que o azeite e as hortícolas estão entre os sectores que o Governo considera estratégicos e que terão prioridade nos apoios do Plano de Desenvolvimento Rural 2007-2013. Além disso, os espanhóis apostam numa lógica de fileira - da produção à comercialização, passando pela transformação - uma abordagem acarinhada pelo actual Ministério da Agricultura.

José Luis de Prado não esconde que os apoios que o Governo português irá dar à agricultura também são um critério para a escolha de Portugal. Mas assegura que é o último factor. A água, sempre a água, é o grande chamariz. Assim como a disponibilidade - e o preço - das terras. Mas mesmo o preço tem vindo a mudar. Há cinco anos, o hectare estava a 6.700 euros, agora já está a ser pago a 15.000 euros.

E essa vertigem pelas oliveiras, de onde vem? "A azeitona é o produto que está a crescer mais", diz José Luis de Prado. "O consumo de azeite tem estado a subir a nível mundial", adianta.

Mas, por enquanto, é o mercado português que interessa, embora o grupo também venda alguma coisa em Espanha e Itália. "Portugal não produz para o que consome de azeite, pelo que tem de importar", explicando assim a importância do consumo nacional. Muito do que produz é vendido a granel para os hipermercados, que depois o embalam com as suas marcas próprias.

Mas já negoceiam com a marca Fonte dos Frades. Pretendem a breve trecho começar a construção de uma fábrica de conservas de azeitona.

Candidato a PIN

O certo é que os espanhóis dão emprego: dois postos de trabalho fixos por cada 100 hectares, adianta José Luis. E não têm qualquer problema com a vida no interior do país. Rafael de Prado, 25 anos, é sócio do irmão na empresa. É ele que fica na herdade da Fonte dos Frades, o que surpreende face à sua juventude. "Gosto imenso de viver aqui, tenho muitos amigos, tanto portugueses como espanhóis", assegura. E os fins-de-semana? Ri-se: "Vou a Beja, a Lisboa, a Sevilha, é conforme".

Com 140 milhões de investimento total previsto em Portugal, 90 milhões dos quais na componente agrícola e transformação, a Franlabora sujeitou o seu projecto à apreciação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para ser classificado como projecto PIN. Mas só para a componente agrícola e para um valor de 78 milhões de euros "porque já havia investimento feito", explica José Luis de Prado.

De fora desta proposta estão os lagares. O planeado para Moura, capaz de transformar 75 milhões de quilos de azeitona por ano e com uma facturação média anual prevista de 35,5 milhões de euros, será equipada com uma unidade de co-geração que utilizará o bagaço da azeitona. A partir deste será feito óleo de bagaço, que tem propriedades lubrificantes e iluminantes com elevado valor no mercado.

Depois desta extracção, será retirada a humidade ao bagaço, o qual depois poderá ser usado como biomassa, acrescido do material retirado nas podas. Assim, de 200 mil toneladas por ano de bagaço produzido no lagar, pode-se obter 4.200 toneladas de óleo de bagaço e gerar 283 GWh por ano de energia térmica.

Com este poderoso investimento, a ideia é ser o maior produtor do mundo. Não serão os únicos com este objectivo. No polígono entre Ferreira do Alentejo, Beja, Serpa, Barrancos, Mourão, Portel e Alvito já há mais de 45 mil hectares de novas plantações de olival em regime de regadio intensivo ou semi-intensivo. É o caso da Nutrinvest, que em Novembro do ano passado, anunciou que pretende desenvolver o maior projecto olivícola do país nos três mil hectares da Herdade do Marmelo, em Ferreira do Alentejo, também numa lógica de fileira.

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Vitor mango

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MensagemAssunto: Re: Uma história de sucesso no olival   Uma história de sucesso no olival EmptySeg Mar 10, 2008 12:39 pm


Vamos ter calma
A semana passada atravessei Espanha em toda as areas e meti-me na autoestrada de Madrid para Cordova
Muitos kilometros antes de cordova vemos milhoes e milhoes de Oliveiras
repito ...
Perdem-se de vista
Eu que plantei 500 oliveiras para ter azeite fresco fiquei a coçar os ditos

Ena pá ....o que aqui vai
e cocei na imaginação como vai ser a colheita
Ha colheita mecanica mas mesmo a mecanica necessita de milhares e milhares de braços

e de novo cocei na imaginação

E o azeite correra a rodos ao preço da uva mijona ?
Não acho que ha um problema novo
Biodiesel

E a sensação que eu fiquei ao atravessar Espanha ou Portugal é que ja estamos dentro do espaço ibérico
Se os alentejanos dormem ainda bem que empresários veem aí

mas é na área dos vegetais que os espanhóis dão fruta
Fruta como quem diz
Milhares e milhares de camiões rodam pela Ibérica a distribuir alfaces rabanetes e nabos
Nabos portugueses ha muitos mas vivem em Lisboa e dedicam-se á politica
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Fúria

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MensagemAssunto: Re: Uma história de sucesso no olival   Uma história de sucesso no olival EmptySeg Mar 10, 2008 3:47 pm

Mas k ganda Xouriçada aos lisnonetas Mango..... cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers bounce
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Vitor mango

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MensagemAssunto: Re: Uma história de sucesso no olival   Uma história de sucesso no olival EmptySeg Mar 10, 2008 4:00 pm

Fúria escreveu:
Mas k ganda Xouriçada aos lisnonetas Mango..... cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers cheers bounce
Citação :
Nabos portugueses ha muitos mas vivem em Lisboa e dedicam-se á politica

O problema nao é so nosso
No Rio de Janeiro ROMA Madrid os executivos e os barões da politica arrotam e despejam as tripas capitais na Capital
( não mencionei NY só para chatear o RON ...mas suspeito que a capital esta em Washington = por acaso uma marca de maquina de lavar optimas )
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Convidad
Convidado




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MensagemAssunto: Re: Uma história de sucesso no olival   Uma história de sucesso no olival EmptySeg Mar 10, 2008 4:04 pm

A MINHA CAPITAL CHAMA-SE MONEY!!! Laughing Laughing Laughing Laughing
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MensagemAssunto: Re: Uma história de sucesso no olival   Uma história de sucesso no olival Empty

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