Santana quer mobilizar e motivar deputados
Novo líder e sua equipa eleitos com menos votos do que o número de subscritores inicial
H oje, quando começar o debate político com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Santana Lopes estará sentado na primeira fila da bancada do PSD, depois de ontem ter sido eleito, com 70,6% do votos, líder dos deputados sociais-democratas.
No universo dos 75 deputados, 53 votaram a favor, 11 contra, oito em branco e três anularam o voto. O número de votos "sim" foi inferior ao dos subscritores da candidatura (70). "É um resultado que me honra e responsabiliza", afirmou Santana, antes de garantir que a sua primeira tarefa será "mobilizar e motivar" a bancada.
Com o líder foram eleitos os oito vice-presidentes Luís Montenegro; Patinha Antão; Pedro Pinto; Hugo Velosa; Virgílio Costa; Ana Manso; Pedro Duarte; e José Eduardo Martins. Destes, só Pedro Duarte transita da anterior direcção.
Instado a comentar a notícia ontem divulgada pelo Público que refere que Virgílio Costa, tem o salário de deputado penhorado por dívidas ao fisco, Santana disse apenas que já falou com o deputado e assegurou que mantém a sua confiança. Ainda antes da eleição, o novo líder garantira aos jornalistas que pretendia dignificar o trabalho parlamentar.
Após ser conhecido o resultado da votação, com Marques Guedes ainda a dirigir a bancada, o presidente da AR saudou o novo líder e elogiou o que estava de saída. Santos Silva e todas as bancadas seguiram o exemplo. Marques Guedes emocionou-se e agradeceu a "lisura" de procedimentos e fez votos de que o novo líder pegue no "exemplo desta direcção" e a levante "mais alto e mais além".
Líder acredita "muito" na lealdade de Santana O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou ontem que a nova liderança da bancada parlamentar permitirá aproveitar a experiência política de um antecessor; "revisitar o ciclo de 12 anos do pós-cavaquismo, nove dos quais de maioria socialista"; e proporciona um "ajuste de contas, para que seja reposta a verdade sobre os três anos de governos Durão Barroso/Pedro Santana Lopes" e "desmistificadas as contas públicas" herdadas pelo PS.
Reconhecendo ser "difícil gerir de fora" o partido, por não ser deputado, Menezes declarou, na sua primeira "grande entrevista" (RTP), que não será "um mero espectador" (expressão da entrevistadora) do confronto entre Pedro Santana Lopes e José Sócrates.
"Nada me impede de marcar a agenda de fora", disse, garantindo ter "iniciado um novo ciclo na democracia portuguesa" ao "não interferir na organização do grupo paramentar". Sobre o apoio à candidatura de Santana, esclareceu "A única pessoa que se posicionou para ser líder foi Pedro Santana Lopes, que veio diante e im para saber se tinha a minha confiança política".
De resto, "acredita muito na sua lealdade". Quanto ao referendo ao Tratado da União, assegurou que levará o assunto ao Conselho Nacional.
Insistindo fazer sentido um patamar entre as administrações Central e Local, disse que a regionalização deve ser discutido dentro do PSD para que este não fique fora do debate como aconteceu no referendo sobre o aborto".
Menezes anunciou um voto contra no Orçamento para 2008 e distanciou-se de "críticas pontuais" do PSD ao consulado de Cavaco Silva, que "tem sido excepcional, com uma compreensão nova do sistema semi-presidencial". Alfredo Maia
JN (19-10-2007)
Senhoras e Senhores, meninas e meninos ....
O "espectáculo" vai começar !!!!!