EUA
Farmacêuticas aceitam ter procedimentos mais transparentes
Durante anos, as grandes companhias farmacêuticas norte-americanas cortejavam os médicos com viagens gratuitas a locais exóticos ou patrocinando conferências mas agora o Congresso quer mais transparência nestes processos.
As relações entre clínicos e farmacêuticas, que não são do domínio público, estão a ser acusadas de influenciarem indevidamente a prática de cuidados médicos.
Representantes de uma dúzia de empresas fabricantes de medicamentos disseram ao senador republicano Charles Grassley que têm planos para divulgar, nos seus sítios de Internet, as subvenções a grupos externos.
Apesar desta abertura, grupos de observação mostram desconfiança.
Peter Lurie, do grupo de consumidores "Cidadão Público", alegou que, se as companhias farmacêuticas estivessem de boa-fé, há décadas que teriam tido esta atitude de transparência.
O senador Charles Grassley tem particular interesse em saber quanto é que as farmacêuticas gastam na formação contínua da classe médica, já que os médicos frequentam as conferências para se manterem actualizados sobre as novidades científicas e na área dos medicamentos.
Recentemente, Grassley questionou 15 empresas sobre esta temática e obteve o compromisso de algumas em como vão revelar inclusivamente apoios à Associação Americana do Coração e à Associação Americana de Diabetes.
Duas outras companhias, Zimmer e Stryker Orthopedics, já tiveram de divulgar números, pois foram processadas por terem pago a cirurgiões para que estes usassem os seus produtos.