Espanha: Sete polícias feridos em explosão de bomba em Bilbau
17 de Abril de 2008, 08:34
Bilbau, Espanha, 17 Abr (Lusa) - Sete agentes da polícia basca, a Ertzaintza, sofreram ferimentos ligeiros na explosão de uma bomba hoje de madrugada em Bilbau que provocou danos materiais importantes e levou ao corte da distribuição de água na zona.
A bomba foi reivindicada pela ETA que avisou da sua colocação pouco tempo antes, numa altura em que já tinha sido localizada por agentes policiais.
Fonte do Departamento de Interior basco confirmaram que dois dos agentes foram afectados nos ouvidos pelo sopro da explosão, um outro foi lançado ao solo quando voltava de socorrer um deficiente que vivia na zona e quatro outros ficaram com cortes provocados por estilhaços de janelas.
Além de danos na sede do Partido Socialista Basco (PSE) em La Peña, a explosão provocou estragos na Casa do Povo e em várias lojas da zona, bem como em vário carros estacionados.
A explosão, que ocorreu cerca das 06:00 locais (05:00 em Lisboa), afectou ainda a rede geral de distribuição de água, o que obrigou ao corte do abastecimento naquela área.
Agentes da Ertzaintza mantêm um amplo cordão de segurança em torno à zona onde cerca das 05:00 uma patrulha policial encontrou o explosivo, meia hora antes da ETA avisar da sua colocação num telefonema para a associação de assistência rodoviária DYA (Detente y Ayuda).
"Escute com atenção, falo em nome da ETA. Dentro de meia hora vai explodir uma bomba na Casa do Povo do bairro bilbaíno de La Peña. Gora ETA askatuta (Viva ETA livre)", disse o homem que informou sobre a existência da bomba.
O atentado de hoje foi o segundo da ETA nos últimos seis meses no mesmo bairro de Bilbau, onde no passado dia 09 já se tinha verificado um ataque contra um guarda-costas de um vereador do PSE.
O guarda-costas ficou gravemente ferido devido à explosão do engenho, colocado na parte traseira do seu veículo.
Recorde-se que no seu último comunicado, a ETA advertia os militantes do partido socialista de que não ia "ficar de braços cruzados", prometendo reagir contra o que considerou ser "a tortura, detenção e condenação perpétua ou ilegalização de partidos com total impunidade".
O comunicado, de 01 de Abril, reivindicava vários atentados da organização incluindo o assassínio do ex-vereador socialista Isaías Carrasco em Mondragon.
ASP
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