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 Caritas pede actuação política para minorar crise

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Mensagens : 944
Data de inscrição : 17/10/2007

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MensagemAssunto: Caritas pede actuação política para minorar crise   Caritas pede actuação política para minorar crise EmptyDom maio 04, 2008 2:28 pm

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A inflação vai subir e que os preços vão manter-se altos na próxima década, estimam os analistas das Nações Unidas.

A crise nos cereais já teve o primeiro impacto na economia portuguesa durante o ano passado, concluiu um estudo da multinacional Nielsen. A Caritas Portuguesa pediu às autoridades para prepararem programas de apoio a carenciados, tendo em conta crise mundial.

A multinacional, que realiza estudo de mercado, analisou os preços praticados no comércio português. Verificou que no ano passado algumas variedades de leite e arroz registaram aumentos de 70 por cento, as massas e farinhas cresceram acima dos 30 por cento e as subidas nos ovos ultrapassaram os 20 por cento.

O ministro da Agricultura já garantiu que a crise só afecta os preços e que os cereais não vão faltar.

Os especialistas da Organização das Nações Unidas acreditam que a crise económica está para ficar. Estimam que a inflação vai subir e que os preços vão manter-se altos na próxima década.

Caritas Portuguesa alerta Governo para preparar programas de apoio

A Caritas Portuguesa prevê que a crise alimentar vá provocar danos graves em Portugal e, por isso, pediu às autoridades para prepararem programas de apoio a carenciados.

A Comissão Permanente da Caritas pede a preparação atempada de programas específicos de modo a que os habituais intervenientes se possam candidatar, logo que necessário, para rapidamente prepararem programas de apoio dirigidos aos mais pobres.

A organização de Solidariedade Social refere que, em Portugal, se gasta “uma fatia enorme de recursos” a “pagar quase dois terços do que consome, designadamente produtos alimentares”.

O aumento dos preços e a escassez de bens de primeira necessidade leva a que, segundo a Caritas, “o espectro da fome” paire sobre “muitos portugueses”, com “muita gente a viver abaixo do limiar de pobreza e com esquemas de apoio social muito deficientes”.

“A questão é eminentemente política”, declarou à RTPN Eugénio da Fonseca. O presidente da Caritas Portuguesa aponta que os níveis de produção nunca foram tão elevados, mas “o problema está no desequilíbrio dos bens produzidos e isso depende da regulação que os políticos devem fazer da economia”.

A Caritas deixa, por isso, três pedidos ao Estado português. O primeiro passa pelo condicionamento de tudo o que possa impedir a produção de bens alimentares, como a produção de energia a partir de produtos agrícolas (biocombustíveis).

O segundo consiste na atenção devida às orientações do Banco Mundial. O último passa pela criação de medidas que atenuem os efeitos da crise na classe média, que consideram estar “muito enfraquecida”.

Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de mil toneladas

A campanha do Banco Alimentar Contra a Fome arrecadou mais de mil toneladas até às 16h de domingo, o que representa mais 25 por cento do que a iniciativa do ano passado.

No primeiro dia da campanha, sábado, foram reunidas mais de 800 toneladas de alimentos de primeira necessidade. Só em Lisboa foram arrecadados 340 toneladas, confirmou Isabel Jonet, a presidente da instituição.
RTP
2008-05-04 19:48:37
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Mensagens : 157
Data de inscrição : 16/10/2007

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MensagemAssunto: Re: Caritas pede actuação política para minorar crise   Caritas pede actuação política para minorar crise EmptyDom maio 04, 2008 3:31 pm

O ministro da Agricultura já garantiu que a crise só afecta os preços e que os cereais não vão faltar.

O grande problema não é esse.
O Ministro Jaime Silva faz-me lembrar Salazar quando dizia que se Portugal tivesse ouro, nada lhe faltaria.
Também aqui se põe o problema.
Enquanto houver dinheiro, os cereais não vão faltar. Por certo que o dinheiro não vai faltar nos bolsos de Jaime Silva mas o que é grave, é que o dinheiro já falta nos bolsos de muita gente e vai faltar cada vez mais.
A maior parte dos portugueses, já não é contemporânea das senhas de racionamento mas há alguns que ainda se lembram e, para além de se lembrarem das senhas, também se lembram da fome que então se passou e do mercado negro aonde quem tinha dinheiro adquiria tudo aquilo de que precisava mas, quem não o tinha, ficava a vê-los comer.
É tempo de se equacionarem outras formas de produção de alimentos e de privilegiar a produção de cereais destinados à alimentação em desfavor de outras culturas que dão mais dinheiro mas só contribuem para encher mais os bolsos de quem não precisa.
O que acabo de dizer aplica-se não só a Portugal como, de um modo geral a todo o mundo e especialmente à política da União Europeia que está a provocar fome quando ainda não há muito tempo destruía alimentos que produzia em excesso, para não os dar a quem precisava.
Se a iniciativa particular não é capaz de resolver este problema porque o que quer é encher o bolso, então cabe aos governos, eleitos pelo voto dos cidadãos, com peso semelhante entre cidadãos ricos e cidadãos pobres, velar para que na alimentação também haja igualdade de tratamento.
Há terras imensas que produziam e agora estão abandonadas por força da política agrícola comum.
É tempo de dizer: basta de subsídios que favorecem sempre os grandes proprietários em desfavor dos pequenos que, por não terem subsídios, não conseguem acompanhar os preços praticados pelos grandes.
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Cogito, ergo sun




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Data de inscrição : 09/04/2008
Idade : 104

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MensagemAssunto: Re: Caritas pede actuação política para minorar crise   Caritas pede actuação política para minorar crise EmptyDom maio 04, 2008 4:11 pm

Independentemente das bacoradas do ministro, tenho muitas dúvidas da autenticidade dos preços da alimentação. Sempre defendi aqui que a fome ou carências não se deviam a falta de produção mas á má distribuição. Os excedentes de produção são do conhecimento geral. Queima-se, deita-se fora, impõe-se quotas a limitar a produção. Mais grave é que nos grandes países a produção é de tal modo subsidiada que tira qualquer hipótese de países pobres, sem grandes tecnologias, conseguirem competir ou mesmo produzir mais barato. É o que se passa em África.

Podem ter ocorrido algumas coincidências que prejudicaram a quantidade de produção. Pode haver mais consumo. Mas para mim o que existe é pura especulação. São os mercados de futuro e são os intermediários a chuparem. Eu se fosse produtor de petróleo, por exemplo, também aumentava os preços na fonte. Se as distribuidoras e os impostos levam o que querem porque hão-de ser os produtores a ficarem com a fatia mais pequena??

O capitalismo começa a provocar crises artificiais. Depois admiram-se.... Espero que da próxima sejam mais eficazes. Sou dos que acredita que o marxismo tem lógica. Os presupostos podem estar alterados. Mas os finalmentes estão lá...
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