40 mil anos de prisão para três acusados do 11 de Março
A Audiência Nacional espanhola condenou a perto de 40 mil anos de prisão três dos oito principais acusados dos atentados de 11 de Março de 2004, em Madrid.
Jamal Zougam, Otman el Gnaoui e Emilio Suárez Trashorras foram considerados culpados por 191 mortes e 1841 tentativas de homicídio (número de feridos) e irão cumprir cada um 40 anos de detenção, o máximo permitido em Espanha.
Sete dos 28 arguidos julgados foram absolvidos, incluindo Rabei Osman, conhecido como "Mohamed o Egípcio", acusado de ser um dos três mentores dos ataques. Os outros dois, Youssef Belhadj e Hassan al-Haski, foram condenados a penas inferiores a 20 anos de prisão por pertencerem a um grupo terrorista.
A justiça espanhola declarou ainda que não ficou provada a tese de envolvimento da organização basca ETA nos atentados de Madrid.
Os advogados dos condenados têm agora cinco dias para decidirem se pretendem recorrer.
Segurança reforçada O juiz espanhol Javier Gomez Bermudez começou a leitura da sentença pouco depois das 10:30, numa sessão que esteve rodeada de fortes medidas de segurança.
Dezenas de polícias armados e com coletes à prova de bala, alguns acompanhados de cães, patrulharam um parque na zona ocidental da capital espanhola, perto da Audiência Nacional.
Um helicóptero sobrevoou permanentemente o local e arredores.
JN (31-10-2007)