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 Guiné

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ypsi




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MensagemAssunto: Guiné   Guiné EmptySex Nov 02, 2007 2:50 am

Bissau connection

Reportagem na Guiné-Bissau, placa giratória do tráfico de cocaína para a Europa.

Por Cândida Pinto


O rótulo de narco-Estado colou-se à Guiné-Bissau desde que as máfias da América Latina começaram a servir-se da África Ocidental para fazerem chegar cocaína à Europa. As condições para o tráfico são ideais: sem vigilância, sem uma única prisão, um Estado demasiado fraco e uma população demasiado pobre.

Os traficantes sabem tudo isto.

Expresso (31-10-2007)

(Vem no Expresso, este sábado)
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Xô Esquerda

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MensagemAssunto: Re: Guiné   Guiné EmptySex Fev 22, 2008 12:14 am

Morreu um dos presumíveis assassinos de Amílcar Cabral


Isidoro Manuel Lima, ex-combatente anti-colonial e acusado de envolvimento no assassínio de Amílcar Cabral, morreu recentemente na ilha cabo-verdiana de Santo Antão vítima de doença prolongada, noticiou hoje a Panapress.

O antigo combatente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que contava 70 anos, deixou o movimento guerrilheiro em 1970, depois de ter sido acusado de conspiração contra o Amílcar Cabral «pai» das independências da Guiné e Cabo Verde.

Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri a 20 de Janeiro de 1973, oito meses antes da proclamação unilateral da independência da Guiné-Bissau (24 de Setembro de 1973), supostamente por dois militantes do PAIGC da base instalada na capital da Guiné-Conacri.

As circunstâncias da sua morte, ocorrida há 45 anos, nunca foram devidamente esclarecidas, havendo quem defenda que a antiga polícia portuguesa - a PIDE - esteve envolvida, embora haja também a tese de que foi parte da direcção do então movimento independentista quem deu ordens para matar Cabral, de forma a criar o símbolo do «mártir».

Ainda em 1970, depois de abandonar o PAIGC, Isidoro Lima foi viver para a Serra Leoa, onde, alegadamente, terá sido contactado pela polícia política portuguesa para participar na operação em Conacri.

Outro dos mais conhecidos elementos que supostamente participaram na operação de assassínio do líder do PAIGC, Inocêncio Cani, morreu poucos meses depois do assassínio de Cabral.

O mesmo sucedeu a outros «cabecilhas» da operação, alguns deles sumariamente executados, enquanto outros foram perdoados.

Quanto a Isidoro Lima, em 1995, após o início da guerra civil na Serra Leoa, regressou a Cabo Verde, de onde era natural.

Isidoro Lima nunca mais se entendeu com os seus velhos companheiros do PAIGC que chegaram ao poder em Cabo Verde, após a independência do arquipélago, a 05 de Julho de 1975.

A sua história foi tornada pública em Outubro de 2007 quando o jornal cabo-verdiano A Semana noticiou que o presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, informado das dificuldades que Isidoro Lima atravessava em Santo Antão, onde residia, decidiu ajudá-lo.

Na ocasião, Pedro Pires solicitou ao governo a atribuição de uma pensão vitalícia a Isidoro Lima, utilizando o argumento de se tratar de «um antigo companheiro de luta».

«Com essa pensão, poderá viver tranquilamente o resto da sua vida», afirmou então Pedro Pires, cujo pedido acabou por ser aceite pelo governo, apesar das reticências de alguns antigos combatentes do PAIGC.

Estes alegaram que Isidoro Lima não deveria receber a pensão do Estado de Cabo Verde em virtude do seu comportamento durante o primeiro período da luta de libertação.

Na altura, Pedro Pires sustentou que, partindo-se do princípio que, em Cabo Verde, não há ajustes de contas com o passado, nem represálias, toda e qualquer ajuda a Isidoro Lima se tornou «uma questão de humanidade».

«Pessoalmente, creio que Cabo Verde lhe deve qualquer coisa. Mesmo que tenha ou não traído a luta, o facto é que deu a sua contribuição em Cabo Verde», explicou Pedro Pires.

Diário Digital / Lusa

21-02-2008 19:18:00
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