Castanha Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ouriço de castanha
O
ouriço é o fruto capsular espinescente do
castanheiro-da-europa (
Castanea sativa), geralmente com três
aquênios, as castanhas.
Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e
Cáucaso, acompanhando a história da civilização ocidental desde há mais
de 100 mil anos. A par com o pistácio, a castanha constituiu um
importante contributo calórico ao homem pré-histórico que também a
utilizou na alimentação dos animais.
Os Gregos e os Romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel
silvestre. Este, conservava o alimento e impregnava-o com o seu sabor.
Os romanos incluíam a castanha nos seus banquetes. Durante a Idade
Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utilizavam
frequentemente as castanhas nas suas receitas. Por esta altura, a
castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais
farináceos da Europa.
Com o Renascimento a gastronomia assume novo requinte, com novas
fórmulas e confecções. Surge o marron glacé, passando de França para
Espanha e daí, com as Invasões Francesas, chega a Portugal.
A castanha que comemos é, de facto, uma semente que surge no
interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma
semente como as nozes, tem muito menos gordura e muito mais amido (um
hidrato de carbono), o que lhe dá outras possibilidades de uso na
alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de
amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte
potássio.Consideradas, actualmente, quase como uma “guloseima” de
época, as castanhas, em tempo idos, constituíram um nutritivo
complemento alimentar, substituindo o pão na ausência deste, quando os
rigores e escassez do Inverno se instalavam. Cozidas, assadas ou
transformadas em farinha, as castanhas sempre foram um alimento muito
popular, cujo aproveitamente remonta à Pré-História.