OBAMA E HILLARY

OBAMA E HILLARY

Pedro Lomba
jurista
pedro.lomba@eui.eu
Margaret Thatcher dizia, numa das suas provocações ideológicas, que a classe era um conceito comunista. Servia para enfiar as pessoas em gavetas, para depois as atirar umas contras as outras. As identidades de classe, em grande parte construídas e codificadas de uma forma socialmente arbitrária, eliminavam qualquer vestígio de individualidade ou diferença. Foi por ter rompido com essa linguagem, uma linguagem que seduzia tanto a esquerda como a direita, que Thatcher conseguiu presidir a um partido historicamente oligárquico, como hoje ainda é o Partido Conservador inglês, e a uma das sociedades mais hierarquizadas do mundo. Com Ronald Reagan passou-se algo semelhante. Um homem simples mas não simplório que conseguia comunicar na perfeição com uma América mediana, de virtudes e problemas comuns, Reagan não descendia de nenhuma casta específica e não vinha representar nada nem ninguém que não fosse um elementar senso comum. Numa América largamente politizada e refém de inúmeras proclamações identitárias, raciais ou feministas, que vinham dos anos 60, Reagan distanciou-se e definiu ele mesmo pessoalmente a sua identidade e trajectória. Foi, como Thatcher, um político self-made.

Olhem para as primárias do Partido Democrata que estão a decorrer nos Estados Unidos. Hillary Clinton pode ser a primeira mulher a ocupar a Casa Branca, mas já afirmou que não gosta de falar de si própria, prefere mostrar currículo e as soluções com que quer resolver problemas concretos, numa espécie de micropolítica que nada tem a ver com o auto-engrandecimento das políticas de identidade. As feministas não apreciam a suavidade com que reagiu aos anos de euforia sexual do marido. É uma mulher do passado. No entanto, as lágrimas que Hillary deitou antes da eleição do New Hampshire serviram em absoluto para as mulheres se identificarem com ela.

Barack Obama também pode ser o primeiro negro a chegar a Presidente dos Estados Unidos, o seu sucesso ou insucesso irá dizer-nos alguma coisa sobre o peso da identidade racial na política americana. Mas a força de Obama não vem de ser negro, condição que ele não explora. Não surpreende, por isso, a reacção negativa da comunidade negra à neutralidade com que Obama vê a identidade racial. Ao mesmo tempo, o seu estilo autobiográfico e o sentimentalismo dos seus discursos tornam-no reconhecível aos olhos dos americanos também por causa dessa identidade e pela forma pessoal como a viveu e se adaptou a ela. Obama e Clinton estão a viver esta tensão entre as identidades de raça e género a que fatalmente os associam, e a necessidade de não reduzirem as suas candidaturas apenas a representações identitárias. Precisam de ser eles mesmos mas não demasiado.

OBAMA+HILLARY= DOIS SOCIALISTAS que acham que e o ESTADO que vai resolver os problemas dos AMERICANOS!! JAMAIS!! Dois que querem ter PODER atraves da criacao de ESTADO-DEPENDENTES. Cujo LEMA E " Nao se preocupem, relaxem que o ESTADO resolve os vossos problemas"!!

O ESTADO quere-se eficiente E pequenino!!! nAO E NO estado QUE ESTAO AS SOLUCOES!! Pelo contrario, o ESTADO e um PERIGO EMINENTE as nossas LIBERDADES INDIVIDUAIS, a nossa CRIATIVIDADE.