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 Análise: Discurso é canto de cisne de Bush

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Vitor mango

Vitor mango


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MensagemAssunto: Análise: Discurso é canto de cisne de Bush   Análise: Discurso é canto de cisne de Bush EmptyTer Jan 29, 2008 4:27 am

Análise: Discurso é canto de cisne de Bush








Caio Blinder
De Nova York para a BBC Brasil

Análise: Discurso é canto de cisne de Bush T


Análise: Discurso é canto de cisne de Bush T Análise: Discurso é canto de cisne de Bush 20080129081858bushestadodauniao203

Bush fez seu sétimo e último discurso do Estado da União

Para
3/4 dos americanos o estado da nação não é grande coisa. O estado da
presidência tampouco impressiona a opinião pública. Há grandes
expectativas sobre o futuro, com o ciclo eleitoral em curso se
confirmando como um dos mais competitivos e fascinantes da história.
George W. Bush também tem expectativas de que o futuro reserve um
julgamento mais generoso sobre seu governo do que as avaliações do
momento.



Este foi o pano de fundo do discurso proferido pelo presidente na segunda-feira à noite sobre o Estado da União em sessão
conjunta no Congresso. Seu sétimo e último pronunciamento neste solene formato.


Os
doze meses restantes de governo são especialmente ingratos para um
presidente americano na condição de "lame duck", ou "pato manco". O
ocupante até dá passos para mostrar que ainda é relevante, mas Bush
parecia em geral alheio a seu próprio discurso.
A sensação é realmente de um Bush
secundário diante da intensidade da corrida das primárias, tanto entre
os democratas, como entre os republicanos. No seu próprio partido, Bush
não tem peso nos lances sucessórios, ao contrário do que acontece com
seu antecessor Bill Clinton entre os democratas.


Última Chance

O discurso de segunda-feira à noite talvez tenha sido uma das últimas oportunidades de Bush para chamar atenção sobre suas
propostas e seu próprio governo. E não houve como o presidente usar o privilégio para um ganho espetacular.


Ele apresentou algumas propostas modestas em educação e saúde, além da reciclagem de temas, mas sem grandes iniciativas de
discursos anteriores como as fracassadas tentativas de reforma da imigração e previdência social.


A
guerra no Iraque segue impopular, apesar de alguns ganhos táticos com o
reforço de tropas americanas, e outro pilar da presidência, a economia,
está frágil. Isto quer dizer que Bush perde nas duas frentes cruciais
de combate.

A recessão
poderá ser a marca do seu último ano de mandato e a doutrina Bush, de
ataques preventivos, que abriu caminho para a invasão do Iraque, parece
enterrada, embora o presidente não tenha resistido a estocadas
retóricas contra o Irã no discurso de segunda-feira.

Existem movimentações às pressas para conter os estragos econômicos, com o pacote de estímulos fiscais que a Casa Branca já
amarrou com a maioria democrata na Câmara, mas não no Senado.



um mês, nos primeiros rascunhos do discurso, nem havia menção à
emergência econômica. Na segunda-feira, Bush admitiu que a economia
passa por um "período de incerteza", mas que a longo prazo os
americanos devem estar confiantes sobre crescimento. Ele pediu uma
rápida aprovação do pacote de estímulos, justamente para afugentar o
fantasma da recessão.

Costurar um
pacote econômico comprova que mesmo um "pato manco" ainda tem margem de
manobra simplesmente por ocupar o Salão Oval da Casa Branca. E Bush
ainda tem o poder de veto. No discurso, o presidente ameaçou utilizá-lo
caso congressistas sejam pródigos para a aprovação de verbas para seus
Estados. Tal rigor fiscal não era registrado quando os republicanos
tinham maioria no Congresso e o compromisso de Bush acontece tarde
demais.

Legado

Uma
pesquisa Wall Street Journal/TV NBC mostra que para 70% dos americanos,
a presidência Bush ficará caracterizada como pior que a maioria ou não
tão boa como as anteriores. Para dar uma medida, 45% fizeram esta
avaliação um ano antes do final do governo Clinton, em janeiro de 1999.


Bush costuma
dizer que no curto prazo a história erra e que a longo prazo são feitos
os acertos. No aqui e agora, a história é implacável. Uma coalizão
republicana que durou 30 anos para ser armada, reunindo conservadores
em segurança nacional, a direita religiosa e os ortodoxos econômicos,
talvez tenha sido destruída no segundo mandato de Bush.

O
presidente, no entanto, quer deixar o seu legado para um sucessor
republicano. Um exemplo flagrante foi o apelo para que o Congresso
ratifique os acordos de livre comércio com a Colômbia, Panamá e Coréia
do Sul, num momento em que vozes protecionistas são mais estridentes.

Candidatos
republicanos preferem invocar Ronald Reagan e não o atual ocupante da
Casa Branca. Ironicamente um modelo de Bush em termos de legado é o
democrata Harry Truman, que deixou a presidência bastante diminuído em
1953, mas acabou engrandecido nos livros de história. O acerto, ou não,
de contas, somente dentro de algumas décadas. Em 29 de janeiro de 2008,
o estado da presidência Bush é sofrível.
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Convidado




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MensagemAssunto: Re: Análise: Discurso é canto de cisne de Bush   Análise: Discurso é canto de cisne de Bush EmptyTer Jan 29, 2008 5:30 am

GOD BLESS OUR PRESIDENT GEORGE W. BUSH

GOD BLESS AMERICA
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