Braço armado da Fatah reivindica atentado, que provocou três mortos
Jerusalém, 04 Fev (Lusa) - O braço armado da Fatah, Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, reivindicou a autoria do atentado suicida de hoje, num centro comercial da cidade de Dimona, sul de Israel, que provocou pelo menos três mortos.
Das três vítimas dois são os autores suicidas do atentado, registado num centro comercial de Dimona, sul do país, a 10 quilómetros do reactor nuclear de Israel, segundo a polícia e serviços de socorro.
"A explosão provocou a morte de três pessoas e fez pelo cinco feridos", encontrando-se três em estado crítico", segundo a comunicação social local.
Um dos bombistas morreu ao accionar o cinto de explosivos que carregava, e o segundo foi abatido a tiro por um polícia que se encontrava no local, não tendo o cinto chegado a explodir.
O atentado foi cometido em Dimona, cidade pobre do sul de Israel onde foi construído um reactor nuclear, na década de 60.
O sul de Israel está em alerta contra ataques desde 23 de Janeiro, quando uma série de engenhos explosivos abriram brechas na fronteira do Egipto com a Faixa de Gaza.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou que a polícia egípcia deixasse passar os palestinianos para que pudessem "comprar produtos alimentares e regressar a casa".
Por sua vez, o movimento islamita palestiniano Hamas, no poder em Gaza, qualificou o atentado de "acto heróico", e que o ataque é uma "resposta natural aos crimes da ocupação e ao bloqueio imposto" ao povo palestiniano, afirmou o porta-voz do Hamas, Sami Abou Zouhri.
O atentado "confirma a ligação do povo palestiniano à resistência à agressão israelita", disse.
"O nosso povo não tem outra escolha senão defender-se por todos os meios possíveis, incluindo as operações de martírio (atentados suicidas). Abençoamos esta operação e apelamos aos grupos armados para que continuem no mesmo caminho ", disse.
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