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 Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ?

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Xô Esquerda

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MensagemAssunto: Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ?   Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ? EmptyTer Fev 05, 2008 5:28 am

Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ?

Segunda-feira, 4 de Fev de 2008

A crise que abalou o sistema financeiro norte-americano trouxe para cima da mesa o tema dos fundos soberanos, ou seja, fundos estatais públicos, com enorme liquidez, que aplicam em dívida pública dos Estados Unidos ou de outros países.

A subida do preço do petróleo fez, contudo, com que o excesso de liquidez desses fundos tivesse necessidade de encontrar outras aplicações. A fragilidade das empresas americanas e europeias fez o resto.

E assim os fundos estatais de Singapura, Koweit e Coreia do Sul comprometeram-se a injectar €14 mil milhões em dois dos maiores nomes da finança norte-americana, Citigroup e Merril Lynch.

Sob esta forma, o fenómeno não será particularmente evidente em Portugal, embora existam muitos fundos a investir nas maiores instituições nacionais cotadas em bolsa.

Há, contudo, o caso da Sonangol, que sem ser um típico fundo soberano se comporta como tal, até por ser detido a 100% pelo Estado angolano e o seu presidente, Manuel Vicente (foto), ser um homem de confiança do Presidente José Eduardo dos Santos.

Ora, neste momento, a Sonangol prepara-se para ser accionista, com 49,9% do capital, de quatro bancos portugueses no mercado angolano: BCP Angola e BFA (controlado pelo BPI), devendo o mesmo acontecer no Totta Standard (controlado pela CGD) e no Finibanco, além de já deter uma participação no BESA. Em Portugal, a Sonangol detém 4,98% do Millennium bcp, quer chegar aos 10% e admite-se que o objectivo sejam os 20%. Controla também 45% da Amorim Energia, "holding" que é o maior investidor da Galp Energia. E pode vir a comprar uma participação qualificada na Zon Multimedia, ex-PT Multimedia, ou na própria PT.

Ora, perante o peso crescente da Sonangol em algumas das maiores e mais importantes empresas nacionais, é bom que o Governo português defina uma estratégia para lidar com a situação, no sentido de evitar equívocos futuros. Queremos o dinheiro do petróleo angolano?

E se sim, em que condições? Queremos um mero investidor financeiro ou aceitamos alguém que possa ter uma palavra no destino das instituições onde investe?

Angola é já o quinto mercado de destino para as exportações nacionais, que atingiram um valor recorde em 2007. Os bancos portugueses têm um peso importante no sector financeiro angolano. Muitas empresas nacionais instalaram-se em Angola. É natural, pois, que aceitemos o reverso da moeda, ou seja, os investimentos da maior empresa angolana no mercado português. Se não for assim, é melhor esclarecer já o assunto, sob pena da ocorrência de conflitos políticos e económicos complicados daqui a algum tempo.

Berardo na Sogrape

Há ano e meio, Joe Berardo entrou de rompante pela Sogrape, adquirindo 31% do capital da "holding". A estratégia era criar a instabilidade necessária para comprar por baixo preço o controlo à família Guedes ou vender muito valorizada a sua posição. Confirmou-se. Berardo já colocou quatro processos à família Guedes, dos quais até agora perdeu dois. E é alvo, por sua vez, de um processo que visa a sua exclusão de sócio da empresa. O que se ganhou com isto? Nada. Só a empresa perde. E Berardo confirma a reputação de ganhar dinheiro sem criar nada, a não ser confusão e problemas.

A coisa está preta

Em apenas nove dias, a Reserva Federal dos Estados Unidos desceu as taxas de juro em 1,25 pontos percentuais, passando-as para 3%, um corte sem precedentes desde 1990. Ricardo Salgado diz que nunca viu uma crise como esta, enquanto Roland Berger prevê que só no final do segundo semestre de 2009 é que se sairá desta situação. O FMI recomenda que se recorra ao investimento público. Mas Manuela Ferreira Leite lembra que isso é para países com orçamentos superavitários. Nós estamos fora do grupo, porque não fizemos o trabalho de casa a tempo.

Nicolau Santos

Expresso
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MensagemAssunto: Re: Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ?   Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ? EmptySáb Fev 23, 2008 6:53 am

Angola: Investimentos da Sonangol em Portugal devem ser encarados com satisfação - Luís Amado em entrevista
13:12 | Sábado, 23 de Fev de 2008

Luanda, 23 Fev (Lusa) - O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu hoje em Luanda, em entrevista à Agência Lusa, que os investimentos da petrolífera angolana Sonangol em Portugal "devem ser um motivo de satisfação".

Em visita oficial a Angola, Luís Amado, questionado sobre alguns receios e críticas manifestados em Portugal pela entrada de capitais da Sonangol em importantes empresas portuguesas, defendeu que essas críticas "são um disparate".

"Um país que tem necessidade de captar investimento, tendo a possibilidade de ter empresas que têm confiança nas oportunidades que as empresas portuguesas e a economia portuguesa oferecem, como é o caso da Sonangol, só deve encarar essa realidade com satisfação", justificou Amado.

"As regras são as regras do mercado, as relações são as relações entre empresas e, nessa perspectiva, acho as criticas absolutamente infundadas e um disparate", sublinhou.

Amado reconhece que a Sonangol é uma empresa titulada a 100 por cento pelo Estado angolano, mas pede que "alguém aponte um único país onde não haja empresas públicas, algumas totalmente intervencionadas. Por acaso Portugal foi bastante longe no processo de liberalização de alguns sectores, mas há sectores em muitas economias europeias liberais que têm ainda empresas estatais onde a vontade política do Estado prevalece".

"Eu não vejo nenhum risco nesse domínio", enfatizou.

"Se olhar-mos para o que se passa na economia internacional, se olhar-mos para a presença activa de fundos soberanos, porventura muito menos transparentes na sua gestão e nos seus objectivos, na tomada de posição em grande instituições financeiras internacionais, em países de economia liberal, e bem longe, apesar de tudo, das relações empresariais que a Sonangol hoje projecta, é não perceber a natureza dos problemas com que se confronta a economia mundial", apontou.

O MNE português admite contudo que "há aspectos da regulação que têm que ser encarados, como a realidade dos últimos acontecimentos financeiros a nível internacional vieram chamar à atenção para isso".

A presença de capital angolano, neste caso uma empresa pública, em sectores da economia portuguesa "só revela que há condições de atracção" que "o mercado impõe" por parte dessas empresas.

"Mas a consolidação de um eixo de relacionamento, também do ponto de vista económico, entre Portugal e Angola é, sem dúvida, um dos elementos que fortalecerá a parceria estratégica entre os dois países para o futuro. E não tenho a mínima dúvida de que a economia portuguesa terá muito a beneficiar com essa parceria", concluiu.

Luís Amado é ainda um espectador privilegiado da evolução política de Angola e do relacionamento entre Lisboa e Luanda durante a última década, graças às sucessivas visitas a este país nos diversos cargos de governo que desempenhou.

Considerou "extraordinário" o momento nas relações entre os dois países, afirmando que "é preciso reconhecer que desde a visita a Angola do primeiro ministro português, José Sócrates, há mais de um ano, as relações entre Portugal e Angola, no plano político e em vários domínios têm tido um desenvolvimento extraordinário".

Instado a pronunciar-se sobre a polémica em redor dos vistos de trabalho, com origem em alegadas demoras na sua atribuição a cidadãos portugueses que pretendem trabalhar em Angola, e ainda sobre as expectativas criadas sobre uma eventual evolução positiva nesta área durante a sua visita, Amado afirmou que "há sempre problemas por resolver".

"A complexidade das relações entre dois países com as características de Portugal e Angola e o relacionamento histórico que tiveram suscitará sempre problemas. E a responsabilidade é de, em cada circunstância, procurar reagir de forma a servir os interesses dos dois estados que nem sempre são coincidentes".

"E acontece haver, em certos momentos históricos, perspectivas diferentes. Mas temos que estar preparados para isso", alertou.

O problema dos vistos, para Luís Amado, é uma questão que "não marca apenas uma dificuldade entre Portugal e Angola. É um problema hoje geral nas relações internacionais, como a livre circulação de pessoas e a problemática da emigração e a regulação de fluxos".

"Na Europa temos dificuldades em ajustar a textura jurídica europeia aos problemas com os países dos Balcãs ocidentais, com os países candidatos à União Europeia, com os países da fronteira a Leste...".

Mas, especificamente sobre o problema dos vistos entre Portugal e Angola, garantiu que vai "continuar a dialogar" por forma a "identificar as fórmulas jurídicas mais adequadas à sua solução".

Confrontado com a possibilidade de a questão dos vistos limitar o próprio investimento entre os dois países, Amado sublinha que o investimento continua em crescendo, mas que "sem dúvida poderia ser maior", embora advirta ser preciso "ter sempre em consideração os interesses que estão presentes na resolução de cada problema".

"As situações têm que ser identificadas e resolvidas passo a passo. Esta matéria foi e continuará a ser objecto de diálogo entre Portugal e Angola. Há várias opções que estão a ser estudadas e acompanhadas pelos responsáveis mais directos pelo problema nos dois países".

E para quando novidades sobre esta questão? "A curto, médio prazo, poderemos ter soluções novas que permitam aliviar o problema que neste momento está identificado e avaliado e não o devemos dramatizar excessivamente, porque passo a passo vamos ultrapassar esta situação", respondeu.

Lusa/Fim
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MensagemAssunto: Re: Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ?   Há uma estratégia para lidar com a Sonangol ? EmptySáb Fev 23, 2008 2:54 pm

sonalgol, E SO DAR 20% AO jose eduardo dos santos!!!
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