NO DN
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2.A decepção Sarkozy. Bastaram seis meses para que os franceses, com o seu racionalismo cartesiano, percebessem que o errático, irrequieto e imprevisível Nicolas Sarkozy tem muitas probabilidades de ser um desastre para a França. Já há franceses que dizem: "Chirac, volta que estás perdoado..." Em seis meses, o homem e o estilo não mereceram o respeito dos franceses e foram rejeitados. Como as sondagens de popularidade demonstram: passou de 63% para 41%! Será recuperável tão grande queda? É pouco provável. Por outro lado, o exibicionismo, que tanto lhe agrada, das suas sucessivas mulheres - de Cécilia a Carla - é insólito num Chefe de Estado, e, por outro, a incapacidade de cumprir as promessas eleitorais, nomeadamente quanto ao custo de vida, explicam que perdesse, tão rapidamente, o respeito dos franceses e o "estado de graça". O descontentamento crescente da direita, que se sente enganada, e as próximas eleições municipais, com os socialistas bem posicionados para as ganhar, farão o resto... Mas - acrescente-se - o desprestígio de Sarkozy não é nada bom para a União Europeia, por muito pouca simpatia que o personagem nos mereça.