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 China dispara contra o Tibete

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mike

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MensagemAssunto: China dispara contra o Tibete   China dispara contra o Tibete EmptyDom Mar 16, 2008 5:51 am

Dez mortos no Tibete

Vítimas são civis e Dalai Lama já negou envolvimento nos distúrbios
Dez pessoas morreram sexta-feira em confrontos em Lhassa, a capital do Tibete, anunciou a agência oficial Nova China. Dalai Lama nega envolvimento e refere possibilidade de haver cerca de 100 mortos


SIC

Tibete

País no tecto do Mundo "As vítimas são todas civis inocentes e morreram carbonizadas", indicou um responsável do governo regional do Tibete, citado pela agência.

Segundo um comerciante chinês de Lhassa, contactado por telefone, "as pessoas viram monges a atacar os han (etnia maioritária chinesa) com facas".

"Polícias ficaram feridos, mas os monges também atacaram pessoas na rua", afirmou.

O presidente da região autónoma do Tibete, administrada pela China, Qiang Ba, afirmou hoje que as forças da ordem não dispararam contra os manifestantes.

Durante a noite, a Nova China indicou que as forças da ordem procederam a tiros de aviso.

Segundo o governo regional do Tibete, citado pela Nova China, nenhum estrangeiro ficou ferido durante as manifestações, as mais sangrentas em Lhassa desde a rebelião de Março de 1989.

As acusações chinesas de que o Dalai Lama fomentou as recentes manifestações violentas no Tibet “não têm qualquer fundamento”, afirmou entretanto o porta-voz do líder espiritual tibetano, que vive no exílio em Dharamsala, na Índia.

O governo tibetano no exílio possui "informações não confirmadas" indicando que cerca de uma centena de pessoas morreram nos incidentes registados no Tibete, informou um porta-voz da Administração Central Tibetana, Thupten Samphel.

O Executivo tibetano no exílio, recebeu "relatórios com informações não confirmadas provenientes do Tibete" que contradizem a versão oficial das autoridades chinesas, que cifram o número de vítimas mortais em dez.

Segundo Sampel, um desses relatórios acrescenta que o Exército chinês enviou tanques de guerra para as ruas da capital, para reprimir as manifestações dos monges tibetanos e população civil que protestava contra a ocupação chinesa do território.

Por outro lado, informou que o chefe espiritual do Tibete, o Dalai Lama, comentará este domingo, em conferência de imprensa, os incidentes em lhasa.

“Podemos assegurar de forma categórica que estas acusações são absolutamente sem fundamento e desprovidas de qualquer verdade”, disse Chhime R. Chhoekyapa, que assegurou que as manifestações foram espontâneas.

A China tinha acusado o Dali Lama de estar por detrás das manifestações que abalaram o Tibet, as mais violentas dos últimos 20 anos.

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Pequim, os tibetanos estão a tentar chamar a atenção do Mundo para os seus protestos contra a ocupação ilegal da sua pátria pela China. As manifestações marcam o aniversário do levantamento popular de 1959, que foi esmagado pelo exército chinês e obrigou o Dalai Lama ao exílio.

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Louise Arbour, expressou a sua preocupação sobre a situação no Tibet e apelou ao governo chinês para permitir as manifestações pacíficas dos tibetanos.

Em comunicado, pede a Pequim para “permitir aos manifestantes o seu direito de liberdade de expressão e de reunião”, para não usar “força excessiva” para manter a ordem e para que eventuais presos não sejam maltratados.

Os manifestantes anti-chineses queimaram lojas e automóveis na capital tibetana, Lhasa. Há testemunhas que afirmam que as autoridades chinesas disparam contra os manifestantes matando pelo menos duas pessoas.

A China afirma que os manifestantes atentaram contra a ordem pública e contra bens e vidas, mas que as autoridades são “capazes de manter completamente a estabilidade social” no Tibete.

A comunicação social chinesa de sexta-feira não noticia os acontecimentos no Tibete.
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Vitor mango

Vitor mango


Mensagens : 4711
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MensagemAssunto: Re: China dispara contra o Tibete   China dispara contra o Tibete EmptyDom Mar 16, 2008 8:08 am

Dalai Lama denuncia 'genocídio cultural' chinês no Tibet








China dispara contra o Tibete T China dispara contra o Tibete 20080316065136dalai_lama_203iafp

Dalai Lama disse que gerações mais jovens são mais radicais

O líder espiritual do Tibet, Dalai Lama, pediu uma investigação internacional sobre o que caracterizou como genocídio cultural
cometido pelas autoridades chinesas na região autônoma.



Em
uma entrevista à BBC, o lama - palavra tibetana que designa o mestre ou
líder espiritual - disse ter sentido "o mesmo espírito de 1959", quando
o último grande levante tibetano contra a ocupação chinesa acabou
obrigando-o a se exilar no exterior.

"(A situação) se tornou muito, muito tensa. O lado tibetano está determinado. O lado chinês está igualmente determinado. Isso
significa: mortes e mais sofrimento", declarou ele.



"O
governo chinês não está vendo a realidade. Eles acham que só porque têm
armas têm o controle. Sim, podem controlar. Mas não podem controlar a
mente humana. Quanto mais repressão, mais ocupação militar e mais
repressão militar, mais ressentimento."

As declarações foram feitas em Dharamsala, no norte da Índia, onde o guru vive desde 1959. Mais tarde, ele falou a um grupo
de jornalistas e pediu uma investigação para "descobrir o que está acontecendo" na região do Tibet.


"Por favor, investiguem por sua conta, ou se possível com alguma organização internacional, primeiro, qual é a situação no
Tibet, e quais são os prejuízos", pediu ele aos repórteres.


"Que o governo chinês admita ou não, este é o problema. O problema é que uma nação com um patrimônio cultural antigo está
enfrentando sérios perigos."


Amigos e inimigos

Neste domingo, a capital do Tibet, Lhasa, amanheceu tranqüila, com soldados chineses patrulhando as ruas da cidade e do centro
velho.



China dispara contra o Tibete T China dispara contra o Tibete 20080315162658tank_ap203b

Tanques chineses garantem calma em Lhasa


Uma emissora de TV de Hong Kong afirmou que cerca de 200 veículos militares, cada um carregando 60 soldados armados, estão
na cidade.


A BBC apurou que tropas da província vizinha de Chengdu tiveram as férias canceladas e estão aquarteladas.

"Diferencie entre inimigos e amigos, mantenha a ordem", diz uma mensagem emitida em altos-falantes públicos na cidade.

O número de mortos nos episódios violentos da sexta-feira e sábado em Lhasa ainda permanece envolto em incertezas.

O governo da região autônoma, que tem o apoio de Pequim, reconhece dez mortos, mas o próprio Dalai Lama disse ter recebido
informações de que o número é dez vezes maior.


Jovens radicais

O governo deu aos manifestantes um prazo até a meia-noite da segunda-feira para se renderem.

As autoridades tibetanas prometeram poupar aqueles que se arrependerem – e responder "com força" aos que insistirem no que
qualificam de "atos criminosos".


Mas o Dalai Lama disse não poder garantir que os manifestantes voltem atrás, mesmo que ele faça apelos pelo fim da violência.

"Não
sei (se os manifestantes estão dispostos a se render)", disse ele à
BBC. Segundo o lama, as gerações mais jovens, tanto no Tibet quanto no
exílio, estão mais ressentidas e menos tolerantes em relação à China
que gerações anteriores.


China dispara contra o Tibete T China dispara contra o Tibete 20080316111114080316_china_tibet_nep_map203

Segundo Dalai Lama, manifestantes 'não querem secessão'


Na sexta-feira, os manifestantes perseguiram chineses que vivem na cidade, acenderam fogueiras para incendiar seus pertences,
realizaram saques e queimaram lojas.


De outro lado, a polícia teria utilizado bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que desafiaram o toque de
recolher imposto pelo governo chinês.


"Não
estamos querendo independência ou secessão", disse o Dalai Lama. "Estou
totalmente comprometido com a estabilidade, unidade. Isto é essencial.
Mas a estabilidade e a unidade devem vir do coração."

O líder espiritual tibetano enfatizou que ainda apóia a realização das Olimpíadas em Pequim, em agosto.

Em sua opinião, é a oportunidade para os chineses demonstrarem alinhamento aos princípios da democracia e da liberdade de
expressão.
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