Anabela Natário, jornalista e escritora, resolve escrever sobre a vida de 177 mulheres com história. Serão 6 livros publicados pelo Círculo de Leitores estando os dois primeiros já á venda. E do que já vi aconselho vivamente a quem gosta de história e... de mulhesres.
Desmonta muita lenda. D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriqes não era a megera que nos contam. Antes pelo contrário. Quiz ser rainha. Não conseguiu. Foi seu filho.
Egas Moniz nunca foi, de corda ao pescoço, com a mulher e filhos prestar vassalagem pelas sacanices e promessas não cumpridos pelo seu senhor e amo, D. Afonso Henriques. Foi um trovador de D.Afonso III, 200 anos depois, que inventou a história baseando-se no célebre Chanson de Roland.
O meu amigo Mango que me desculpe, mas a sua vizinha padeira era "pesqueira" e não "padeira". A lenda nasce muitos séculos depois, após os Filioes e para exaltarem o patriotimo fácil.
Depois existe a realidade. Mulheres com eles no sítio. Intelectuais de alto gabarito. Refiro 2 ou 3. Catarina Dias de Aguiar (deve ser minha prima e talvez tenha sido assessora de D.Manuel I) foi a primeira empresária e detentora do monopóloio da exploração da cortiça. Uma história curiosa. Carolina Loff, a primeira dirigente do PC. Apaixonou-se pelo carcereiro da PIDE que a prendeu. O Comité Central nunca tinha lido Freud. Imagine-se o que dela se disse.
Este meu comentário foi baseado na leitura de um artigo da Actual sobre a obra. Ainda não o li. Mas tenciona fazê-lo...