Trás-os-Montes com quatro novas barragens
As quatro barragens fazem parte do plano nacional de barragens
O Governo lança hoje o primeiro concurso público para a construção das barragens de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões, incluídas no plano nacional, cujo investimento será entre 450 e 760 milhões de euros.
O prazo para a entrega das propostas para o concurso público de atribuição de concessão, construção e exploração das barragens vai decorrer até 30 de Junho deste ano. O prazo de concessão estabelecido pelo Governo é de 65 anos.
A construção dos quatro aproveitamentos consta do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PHBEPH).
A barragem de Padroselos, Alto Tâmega (Vidago) e Gouvães representam um investimento entre 100 e 170 milhões de euros, cada uma, e a de Daivães terá um investimento que oscilará entre 150 e 250 milhões de euros.
Daivões terá uma cota de referência mínima de 231 e máxima de 250, Alto Tâmega de 312 e 322, Padroselos de 450 e 460 e Gouvães de 883,5 e 890, respectivamente.
“Há um objectivo global de reforçar a componente hídrica do sistema energético nacional de forma a poder chegar aos sete mil megawatts de potência instalada. Este programa nacional de barragens de elevado potencial hidro-eléctrico foi anunciada em Dezembro. Pois bem, cerca de três meses depois estamos a adjudicar a primeira dessas barragens, que é a do Foz Tua e, simultaneamente, a lançar concursos para a construção de mais quatro, todas localizadas na bacia do Alto Tâmega”, afirmou Nunes Correia, ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, à Antena 1.
Nunes Correia anunciou que as obras das cinco barragens (incluindo Foz Tua) deverão começar “o mais tardar em 2010 e poderão prolongar-se até 2015”.
Em meados de Abril, o Governo deverá lançar o concurso para a construção de mais três barragens – Frisão (rio Tâmega), Alvito (rio Ocreza), Almourol (rio Tejo) – e no final do próximo mês o concurso para as barragens do Pinhosão (rio Vouga) e Girabolhos (rio Mondego), que deverão ser adjudicadas até Setembro de 2008.
O plano nacional de barragens vai implicar um investimento total entre 1.000 e 2.000 milhões de euros e aumentar a capacidade hídrica instalada no país em mais de 1.100 megawatts.
Ambientalistas contestam
Os ambientalistas afirmam que os plano de construção das novas dez barragens vão danificar de forma significativa alguns cursos de água naturais e já protestaram junto de Bruxelas com o envio de uma carta ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
RTP