- vagalhao escreveu:
- bem a noticia nao é bem assim mas assado
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Fisco quer vender passes de sete jogadores do Boavista
poucos dias das eleições para presidência, Boavista volta a estar envolvido numa situação de falta de pagamentos.
Os passes de sete jogadores do Boavista (Mário Silva, Ricardo Silva, Essame, Hugo Monteiro, Gilberto, Marquinho e Nuno Pinto) vão ser postos à venda em hasta pública pelas Finanças para execução de uma penhora por incumprimento de obrigações fiscais no valor de 2,66 milhões de euros. Em comunicado no sítio oficial na internet, a SAD boavisteira assume uma dívida fiscal de aproximadamente 1,180 milhões de euros, mas diz que está a negociar com o fisco o pagamento prestacional, que deverá ficar concluído no dia 10 de Dezembro, e que, como garantia, até já foi entregue ao Estado 332 929 mil euros. Os anúncios relativos a esta deliberação são publicados hoje na edição do JN, na página 29 do caderno de anúncios.
Joaquim Teixeira, o único candidato à presidência do Boavista, disse-se
bastante surpreendido e já demonstrou a vontade de "contactar João
Loureiro para uma reunião com carácter de urgência". O futuro dirigente
do clube axadrezado tomou conhecimento da situação pelos comunicação
social e garantiu que não vai tecer mais comentários enquanto não
esclarecer totalmente a situação. No entanto, garante "Sou o único
candidato à presidência do clube e esta situação não vai alterar em
nada a minha intenção, mas quero saber o que se passa e enquanto não
souber ao pormenor a situação não quero fazer comentários sobre o
assunto".
De qualquer modo, esta iniciativa administrativa da máquina fiscal tem
pouca eficácia, numa perspectiva pragmática. Isto porque o eventual
comprador (licitador, no caso) dos passes desportivos dos jogadores
terá de ter o acordo e aceitação por parte do atleta que não pode ser
transferido contra sua vontade.
Por outro lado, há a questão do registo de contratos que inviabiliza
qualquer negócio, como refere Joaquim Evangelista, presidente do
Sindicato dos Jogadores. Como os jogadores já os têm registados na Liga
pelo Boavista, por força do regulamento, então uma eventual aquisição
dos direitos dos atletas ela será, praticamente, inútil.
Bem mais complicada é a questão da inscrição do Boavista na competição
profissional já que um dos pré-requisitos exigidos pela lei refere-se,
precisamente, à entrega de uma certidão passada pelo Fisco e Segurança
Social em que a situção do clube está em ordem, limpa de dívidas.
Sendo assim, pode questionar-se a validade dessas certidões, como o faz o Sindicato dos Jogadores. Até porque, para se chegar a uma situação de penhora é porque as dívidas em causa foram contraídas há diversos meses atrás, ou seja, antes do mês de Julho, período em que os clubes apresentam a sua candidatura às competições profissionais.
Entretanto, terminou ontem, às 17 horas, o prazo para inscrição de listas candidatas à presidência do Boavista. Joaquim Teixeira foi o único a formalizar a candidatura, com um grupo composto, entre outros, por José Lello, Tavares Rijo, Jorge Costa, Álvaro Braga Júnior e Rui Rendeiro Correia. De fora acabou por ficar Manuel Maio, um nome que Joaquim Teixeira sempre quis ter como aliado mas, à última da hora, optou por não incluir na lista. As eleições realizam-se no próximo dia 17 de Novembro, no Estádio do Bessa, enquanto que a tomada de posse da nova Direcção está agendada para o dia 20 do mesmo mês.
O Sindicato dos Jogadores, através do seu presidente, questiona a Liga e o Fisco sobre o facto de terem sido passadas certidões fiscais ao Boavista para se inscrever no campeonato profissional. "Esta questão da penhora resulta de um a dívida de há meses. Ora, assim, como foi possível serem passadas as certidões indispensáveis para o clube poder competir?", perguntou Joaquim Evangelista. E acrescentou "É que as dívidas para chegarem à penhora, nesta altura, é porque o processo se iniciou há vários meses atrás".
Salientou, ainda: "A eficácia dessa iniciativa é nula, pois o jogador
só muda de emblema se aceitar a mudança", informou. Já Gilberto Madail
, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), considerou que é
uma situação que "diz mais respeito à Liga Portuguesa de Futebol
Profissional (LPFP) e ao Sindicato dos Jogadores, do que à Federação".
Já da parte da Liga, o presidente Hermínio Loureiro não quis comentar
por ainda não ter informação suficiente para apreciar o problema.