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 Igreja assume crise após críticas do Papa

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ypsi




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MensagemAssunto: Igreja assume crise após críticas do Papa   Igreja assume crise após críticas do Papa EmptyDom Nov 11, 2007 1:54 am

Igreja assume crise após críticas do Papa



A Igreja Católica portuguesa reconhece a crise e promete actuar.

"É fundamental requalificar o trabalho dos padres e dos leigos", disse ontem o presidente da Conferência Episcopal, D. Jorge Ortiga. "Não há dúvida que este é um grande desafio para as igrejas de Portugal e uma coisa a que temos de estar muito atentos. (...) Depende de nós mas também dos leigos tornar a igreja menos clerical", acrescentou D. José Policarpo, cardeal patriarca.

O reconhecimento destes responsáveis veio depois de ouvirem as críticas do Papa Bento XVI à Igreja portuguesa e o apelo que fez para que mude a sua "mentalidade".

Ontem, ponto alto da visita "Ad Limina", que esta semana levou os representantes da Conferência Episcopal ao Vaticano, Bento XVI afirmou: "É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II".

Mais, para o Santo Padre, a "maré crescente de não praticantes" nas dioceses deve levar a uma cuidada avaliação da "eficácia dos percursos de iniciação actuais".

Ainda durante a audiência, na intervenção que proferiu, D. Jorge Ortiga também falou sobre a progressiva perda de influência da Igreja Católica no nosso País. Reconhecendo, desde logo, a situação detectada pelo Papa. "O povo português continua, na sua grande maioria, a afirmar-se católico embora reconheçamos que os ventos do relativismo e indeferentismo exercem uma grande pressão, provocando atitudes e opções ambíguas e, em alguns casos, contraditórias".

Dessa forma, a Igreja tem de conseguir "partir ao encontro de mundos que progressivamente se afastam, talvez não de Cristo, embora o digam, mas da Igreja".

Se o Papa "intuiu as carências, ansiedades e insatisfações" sentidas pela própria Igreja portuguesa - como afirmou D. Jorge Ortiga - o que se segue no regresso a Portugal ?

A medida imediata decidida no encontro de Roma passa pelo estudo da eficácia dos rituais de iniciação. Daqui em diante, as dioceses ficam encarregadas de elaborar relatórios sobre vários campos da pastoral, como a catequese, que posteriormente serão analisados pela própria Conferência Episcopal.

"A adequação da resposta pode não passar pelos meios tradicionais - mais padres e paróquias", afirmou por sua vez ao DN o professor de sociologia das religiões na Universidade Católica Alfredo Teixeira.

Iniciativas para chamar os fiéis, construção de outro tipo de comunidades, ou mesmo a criação de unidades mais amplas que as simples paróquias podem ser soluções para contrariar a crise de vocações, acrescentou.

De qualquer forma, "a Igreja na Europa tem o chão a fugir-lhe dos pés e não vai poder voltar a ser o que já foi", rematou Alfredo Teixeira.

Terá, em vez disso, de se habituar a ser "uma igreja de minorias e já não de massas". "Porque a maioria que existe é identitária mas não participativa".

DN (11-11-2007)
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MensagemAssunto: Re: Igreja assume crise após críticas do Papa   Igreja assume crise após críticas do Papa EmptyDom Nov 11, 2007 11:13 am

As IGREJAS EVANGELISTAS, prezididas por VIGARISTAS CORRUPTOS, sao os grandes responsaveis pela queda da IGREJA CATOLICA . E CLARO a cabeca do POVO, que nao ve um boi a frente!!!
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MensagemAssunto: Re: Igreja assume crise após críticas do Papa   Igreja assume crise após críticas do Papa EmptySeg Nov 12, 2007 2:10 am

O acontecimento mais importante dos últimos tempos envolvendo o Portugal profundo ocorreu hoje, 10 de Novembro de 2007:

o Papa Bento XVI repreendeu a Igreja portuguesa de uma forma unívoca e intencionalmente pública.

Disse aos bispos sentados à sua frente que:

“é preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado, tendo em conta que todos somos um, desde quando fomos baptizados e integrados na família dos filhos de Deus, e todos somos corresponsáveis pelo crescimento da Igreja”

Não me lembro de qualquer precedente deste tipo de repreensão pública para a Igreja portuguesa e estou certo que é bastante incomum em geral. Embora o Papa tenha valorizado a "escola de fé" de Fátima é impossível não ver nestas palavras uma distanciação do Papa de um modelo de "reprodução" do "povo católico" assente essencialmente na religiosidade popular.

Vale a pena seguir com muita atenção esta questão.

José Pacheco Pereira
in Abrupto
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MensagemAssunto: Re: Igreja assume crise após críticas do Papa   Igreja assume crise após críticas do Papa EmptyDom Dez 02, 2007 11:23 am

Igreja avança com 'reformas'


A vivência excessiva do culto mariano é uma das críticas feitas aos bispos


Vivência excessiva do culto mariano (Fátima), individualismo da maioria dos sacerdotes, paróquias grandes propícias ao anonimato, homilias que são monólogos irrealistas, linguagem rebuscada e falhas na catequese.
A sociedade também não está inocente.


A análise é feita por figuras da Igreja e especialistas.

O recente discurso do Papa aos bispos portugueses foi um alerta. A a receita pode passar por desconcentrar para pequenas comunidades e construir novas pontes de diálogo com uma sociedade em crise de valores.

Não há consenso absoluto entre figuras da Igreja e especialistas, mas os pontos de acordo permitem perceber quais poderão ser as "reformas" do futuro. Nada indica que a Igreja portuguesa vá ficar imóvel. Antes pelo contrário.

A Conferência Episcopal vai formar uma comissão especial para fazer a análise de conjunto dos relatórios diocesanos enviados há meses ao Papa.

Bento XVI referiu a necessidade de estabelecer bem as funções do clero e do laicado, bem como a democratização na atribuição dos ministérios sacramentais. "Na sociedade civil existem estruturas democráticas e representativas.

A própria estruturação hierárquica piramidal da Igreja não estimula a participação, em plano de igualdade, dos leigos", refere Teresa Toldy, teóloga e professora da Universidade Fernando Pessoa.

"Na minha diocese não há problemas entre leigos e diocesanos", refere, ao JN, Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, que também esteve presente em Roma no encontro com Bento XVI.

Mas haverá razões adicionais para a fraca participação dos leigos face à "maré crescente de cristãos não praticantes", para usar as palavras do Papa? "A Igreja tem de falar de problemas concretos e actuar mais nos domínios da família, da violência doméstica e da pobreza", refere Torgal Ferreira.

Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal, lembra que os bispos já não iam há oito anos visitar o Papa. Normalmente, o relatório e posterior encontro ocorre de cinco em cinco anos, mas a doença de João Paulo II impediu que o encontro se concretizasse em 2004. "O Papa comunga das preocupações dos bispos. Nós próprios reconhecemos dificuldades na relação entre leigos e clérigos".

A falta de comunicação pode ter múltiplas explicações quando se analisa exclusivamente as responsabilidades do lado do clero, sem negligenciar a crise de valores e défice de participação cívica. "Nos documentos oficiais de bispos e do próprio Papa, há um tipo de linguagem tão especializada que, para a grande maioria das pessoas, não cola.

Uma percentagem significativa dos padres tem uma mentalidade muito individualista.

Por isso mesmo, os leigos não desempenham o papel que podiam e deviam", sublinha Vaz Pinto, sacerdote jesuíta. "O acto privilegiado da Igreja - a homília - é um monólogo e não um diálogo. E não há homília que resista à realidade do mundo em que vivemos", diz Teresa Toldy.

"Se a Igreja continuar a insistir numa estruturação clássica de paróquias, é óbvio que isso contribui para o anonimato dos crentes. Tem de haver mais descentralização, isto é, estruturação em comunidades pequenas", refere Teresa Toldy. "O futuro passa pela ligação através de uma pequena igreja ou comunidade [equipa de jovens ou de Nossa Senhora, entre outras] na qual é possível conhecer pessoas com a mesma mentalidade e o mesmo tipo de problemas, e não necessariamente unidos geograficamente como acontece com as paróquias", afirma Vaz Pinto.

A vivência da fé é muito concentrada no culto mariano, esquecendo o âmago da fé? "A grande maioria dos adultos sabe muito pouco da sua própria fé. Muitas peregrinações, muitas idas a Fátima, muita emoção. O problema não é o culto mariano em si, mas sim quando ele é vivido de forma desligada de tudo o resto. Se separamos as coisas e hipertrofiamos, esquecemo-nos do fundamental", alerta Vaz Pinto.

Importância da catequese

O Papa chama a atenção para as aparentes falhas nos percursos de iniciação, isto é, na catequese. Um problema novo? "A mensagem do Papa enfatiza e reitera o que está dito em alguns documentos normativos da prática catequética da Igreja, como é o Caso do Directório Geral da Catequese (1997)", explica Maria Isabel Oliveira, a primeira leiga a assumir o cargo de directora do secretariado diocesano de Educação Cristã, no Porto. "A família, por influência de algumas correntes contrárias ao Evangelho, dos media, do consumismo e de certos critérios morais, deixou de dar a fé a beber com o leite materno", refere, entre muitas outras explicações, Maria Isabel Oliveira.

Lumen Gentium

É o documento fundamental do Concílio Vaticano II. Desenvolve e completa a doutrina sobre a Igreja como mistério, sociedade hierárquica e corpo místico de Cristo.

Gaudium et Spes

Trata da contextualização da Igreja no mundo contemporâneo. A actividade humana no mundo, os problemas do matrimónio e da família, a promoção sã da cultura, da economia e da vida social são alguns dos temas mais focados.

O apostolado dos leigos Neste documento reflecte-se sobre o papel dos leigos no apostolado, considerado cada vez mais "essencial" por causa da cada vez maior autonomia de muitos sectores da vida humana. Facto que trouxe a separação entre o ético e o religioso.

JN - 02-12-2007
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