Assunto: Acordo Ortográfico Dom Nov 11, 2007 1:09 pm
Acordo Ortográfico: O que vai mudar quando estiver em vigor
Os efeitos não serão imediatos - mas a disposição recentemente anunciada pelo governo português de aprovar até ao final do ano o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa poderá ter desfeito algumas dúvidas, atenuado reticências, dissipado mesmo suspeições de «bloqueio».
O processo, de um momento para o outro, parece ter ganho um novo ímpeto. Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, disposição idêntica à de Portugal foi entretanto manifestada por Angola, Moçambique e Guiné-Bissau: os três comprometeram-se a ratificar «rapidamente» o Acordo e o Protocolo Modificativo. Falta agora converter «rapidamente» em medida de tempo...
A pergunta tem sido e continuará a ser feita: quando todo o processo - legal e diplomático - estiver concluído, quantos mais anos serão necessários para que todos os países falantes de Português o escrevam da mesma maneira?
Malaca Casteleiro, um linguista na primeira linha da defesa do Acordo, disse à Lusa que, entrando o documento em vigor, será necessário um período de adaptação «que não deve ser inferior a quatro anos, para permitir as alterações em dicionários, manuais escolares e para a aprendizagem das alterações ortográficas».
Quatro anos em Portugal, o Brasil não deverá levar mais tempo a consegui-lo, mas quantos anos em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe ou em Timor-Leste, que não solicitou ainda a adesão ao Acordo?
O futuro - o que é dizer também a real vontade política dos intervenientes - o dirá.
Pretende-se com o Acordo «a unidade da Língua» - na escrita e só na escrita, naturalmente. Acreditam os especialistas, e não apenas eles, que, unificada, a Língua portuguesa terá outra força, ganhará em «poder de afirmação» nas instâncias internacionais.
Para que a unidade se efective há cedências a fazer de um lado e do outro do Atlântico. Quem cede mais?
Os especialistas deitaram-se ao estudo e fizeram balanços: as modificações propostas no Acordo devem alterar 1,6% do vocabulário de Portugal.
Os portugueses deixarão, por exemplo, de escrever «húmido» para usar a nova ortografia - «úmido».
Desaparecem também da actual grafia em Portugal o «c» e o «p» nas palavras em que estas letras não são pronunciadas, como em «acção», «acto», «baptismo» e «óptimo».
Diz Malaca Casteleiro que as alterações a introduzir, «importantes para unificar e dar força» à língua portuguesa, «não são dramáticas, não vão assustar as pessoas».
No Brasil, a mudança será menor, porquanto apenas 0,45% das palavras terão a escrita alterada.
O trema utilizado pelos brasileiros desaparece completamente e ao hífen acontece o mesmo quando o segundo elemento da palavra comece com «s» ou «r», casos em que estas consoantes devem ser dobradas, como em «antirreligioso» e «contrarregra».
Apenas quando os prefixos terminam em «r» se mantém o hífen. Exemplos: hiper-realista, super-resistente.
O acento circunflexo sai também de cena nas paroxítonas (palavras com acento tónico na penúltima sílaba) terminadas em «o» duplo («vôo» e «enjôo»), usado na ortografia do Brasil, mas não na de Portugal, e da terceira pessoa do presente do indicativo ou do conjuntivo de «crer», «ler», «dar», «ver» e os seus derivados. Passará a escrever-se: creem, leem, deem e veem.
No Brasil, o acento agudo deixará de usar-se nos ditongos abertos «ei» e «oi» de palavras paroxítonas como «assembleia» e «ideia».
Com a incorporação do «k», «w» e «y», o alfabeto deixará de ter 23 letras para ter 26.
Diário Digital - 11-11-2007
Vitor mango
Mensagens : 4711 Data de inscrição : 13/09/2007
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Dom Nov 11, 2007 1:13 pm
otimu . bestial porreirassu vou adurar escrever com letras novas cagada e cagado qual leva assentu HUMIDO E uMIDO O QUE VAO FAZER AO h
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Dom Nov 11, 2007 3:16 pm
Qualquer dia estamos a falar um português criollado!!
ECOADOR
Mensagens : 205 Data de inscrição : 26/10/2007
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Seg Nov 12, 2007 3:36 pm
voa note chamo-mi ecoador e nao ECUador ECU era para ser a moeda europeia mas parece que pOrtugal e a alemanha não aceitaram Portantu cuidadu com os Us e os OS
Vitor mango
Mensagens : 4711 Data de inscrição : 13/09/2007
Assunto: Acordo Ortográfico: Portugal vai pedir uma moratória Ter Nov 13, 2007 12:29 pm
Caro amigo Gostaria que na Vaga este assunto fosse debatido tenho duvidas sobre a petição Porque ? Porque a lingua TUga é Hoje comandada pela Brasileira e se a gente se armar em teso eles dizem bye bye E meus caros eu apanhei ja o outro acordo e ainda Hoje eu escrevo Quizeram e nao quiseram A gente dizia pharmacia e nao farmacia Menezes e nao Meneses Depois fui para o Brasil e vi que eles dizem Brasiu e escrevem BrASIL MAS ACHEI INTERESSANTE NO MODO COMO ELES AGARRRAM NA LINGUA BARBARA = O INGLES E O APORTUGUEZAM
eXEMPLO BUFFET = BIFET bASKET = ena pá ha tantas
mas ha outros no acordo Aluguer = Aluguel
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Sex Nov 23, 2007 11:14 am
DESPORTO= ESPORTES!!!
Presidente da Junta Admin
Mensagens : 944 Data de inscrição : 17/10/2007
Assunto: O PRÉ[Ê]MIO Qua Abr 09, 2008 11:48 am
Vasco Graça Moura - escritor
Não percebo a crítica que Vital Moreira faz ao meu último artigo no seu blogue Causa Nossa.
Diz ele que tanto o Acordo como o Protocolo Modificativo foram ratificados pelo Brasil, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe e por isso "já estão juridicamente em vigor em relação a esses três Estados". Mas diz também que Portugal já tinha ratificado o Acordo em 1991 "que não chegou a entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos".
Idêntica razão procede quanto ao protocolo: se modifica uma convenção internacional sujeita a ratificação, terá de ser ratificado por todos.
E tanto é assim que o ponto 3 do Protocolo Modificativo, não obstante a sua absurda pretensão de obrigar oito pela ratificação de apenas três, prevê expressamente o depósito pelos Estados dos "instrumentos de ratificação ou documentos equivalentes que os vinculem ao Protocolo"!
Mas há mais argumentos jurídicos:
O Acordo abre a porta à confusão e ao aumento incontrolável das divergências de grafia por via das facultatividades (e não só). O de 1945 proibia-as. Ivo Castro e Inês Duarte escrevem que "a facultatividade é, por definição, contrária à própria ideia de normalização gráfica - de ortografia" (in A Demanda da Ortografia Portuguesa, p. . Vinte docentes da Faculdade de Letras de Lisboa afirmam: "Como consequência deste critério, é previsível que surjam divergências ortográficas dentro da mesma variante da língua no mesmo país, dependentes de juízos aleatórios." (op. cit., p. 135).
Óscar Lopes adverte: "Convém ponderar um mínimo de coerência com a ortografia dos países de tradição latina, sobretudo ibero-românica, pois não é com uma táctica de impermeabilização que se defende a identidade nacional" (op. cit., p. 130). E Manuel Alegre pôs o dedo na mesma ferida: "O que está em causa é uma questão de identidade nacional." (Acção Socialista, 5.6.86).
Tudo isto, mais a barafunda e a catadupa de contradições que se seguiriam à aplicação de várias outras bases, mostra que nem ficam assegurados o ensino e a valorização permanente da língua portuguesa, nem a defesa do património cultural enquanto elemento vivificador da nossa identidade (Constituição, art.ºs 9.º e) e f) e 78, c) e d).
Acresce que o art.º 2.º do Acordo previa que os signatários tomassem as providências necessárias com vista à elaboração, até 1.1.93, "de um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas".
Só depois disso e da ratificação é que o Acordo entraria em vigor, a 1.1.94.
Na verdade, trata-se de uma relação de precedência necessária, no plano científico e no plano prático, em matéria controversa e que se reveste de uma grande delicadeza.
Todavia, nada foi feito. E, em 17.7.98, foi assinado um primeiro protocolo que alterava aquele artigo 2.º, suprimindo a indicação da data-limite de 1.1.93.
Simplesmente, nunca este protocolo foi aprovado ou ratificado por nenhum dos países signatários... E o Protocolo de 2004 não mexeu nesse ponto.
Mantém-se, por isso, incólume a exigência do art.º 2.º que condiciona a entrada em vigor do Acordo à prévia elaboração do referido vocabulário comum e técnico-científico, este, repete-se, "tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível".
Isto é: mesmo que o Acordo e o Protocolo de 2004 já estivessem em vigor (e não estão, como se demonstrou), nem assim poderia o Acordo ter aplicação prática antes de cumprida aquela exigência, para a qual, aliás, não consta que esteja a trabalhar qualquer comissão ou grupo de especialistas dos oito países.
Os primeiros resultados deste lindo serviço já estão aí: vejam-se, no recentíssimo e apressado Novo Dicionário da Língua Portuguesa (Texto Editores), alguns lídimos exemplos de defesa da unidade da língua, entre muitos possíveis: croissã, delete, striptease, workshop, dobermann (esqueceram-se do rottweiler e do pitbull)...
E leiam-se estas pérolas na nota inicial: "cará[c]ter meramente estético", "a polé[ê]mica então desatada", "os acadé[ê]micos portugueses e brasileiros", "definições como cara[c]terística e pré[ê]mio".
Quem levar o Acordo a sério merece realmente um pré[ê]mio...
Diário de Notícias
Última edição por Presidente da Junta em Qua Abr 16, 2008 8:57 am, editado 1 vez(es)
Presidente da Junta Admin
Mensagens : 944 Data de inscrição : 17/10/2007
Assunto: TRISAR NO INDEFENSÁVEL Qua Abr 09, 2008 11:49 am
Vasco Graça Moura - escritor
Quando este artigo for publicado, já terei exposto as minhas objecções ao Acordo Ortográfico na Assembleia da República.
Mas não posso deixar de discutir ainda a posição de Vital Moreira no blogue Causa Nossa de 26.3.08, em que ele tenta rebater o que eu digo quanto à entrada em vigor em Portugal do Protocolo Modificativo de 2004 e, por via dela, do próprio Acordo.
Em primeiro lugar, eu não cometo "o erro de considerar ilegal a ratificação do Protocolo Modificativo".
O que entendo é que, no plano formal, a ratificação será condição necessária mas não suficiente para que o Acordo e o Protocolo entrem em vigor. E que será ilegal, isso sim, dar aquele como vigente antes de todos os Estados terem ratificado o Protocolo, uma vez que isso equivaleria a fazer entrar na ordem interna o disposto de uma convenção que não vigora ainda na ordem internacional. Outra questão será a de, do ponto de vista substantivo, o teor da convenção ratificada poder violar a Constituição.
Em segundo lugar, VM afirma que o Protocolo modificativo "não precisa da ratificação de todos os Estados subscritores do Acordo, pela simples razão de que este ainda não era vinculativo para nenhum".
Não se percebe o argumento. E também discordo de VM pela razão singela de que os mesmos Estados que foram signatários do Acordo são os signatários do Protocolo e neste remetem para aquele.
O Protocolo é uma convenção internacional que modifica outra convenção internacional, sendo ambas expressamente sujeitas a ratificação pelos respectivos textos. Torna-se portanto necessário que todos os Estados intervenientes ratifiquem o Protocolo.
Se o fizerem, isso, sim, significará que aceitam a entrada em vigor do Acordo em todos eles logo que três o ratifiquem.
Mas, enquanto não o fizerem, isso significa que o Protocolo, em todos, está tão pouco em vigor quanto o Acordo.
Em terceiro lugar, VM diz nada impedir "que posteriormente uma parte dos Estados acordem entre si que [o Acordo] passe a vincular aqueles que o ratifiquem (desde que sejam pelo menos três), sem esperar pelos outros".
Nada impede, com efeito. Mas não foi isso que fizeram! Não foi isso que eles convencionaram no Protocolo. Antes previram a entrada em vigor em todos, a partir da terceira ratificação do Acordo (* ).
É o que resulta sem subterfúgios nem especificações da nova redacção dada pelo Protocolo ao art.º 3.º do Acordo: "O Acordo Ortográfico entrará em vigor com o terceiro depósito de instrumento de ratificação."
E também previram a necessidade de ratificação do Protocolo. A referência in fine a documentos que vinculem os Estados ao Protocolo tem precisamente esse sentido.
Uma convenção internacional não pode em princípio prever a ratificação (ainda por cima mais ou menos "aleatória") por parte de uns e a dispensa dela quanto a outros... Mas se o fizer, ele mesma não poderá deixar de ser ratificada para produzir efeitos.
Se é assim quanto à letra do Protocolo, ainda o é mais quanto ao seu espírito.
Não seria admissível que por essa aceleração, aliás absurdamente pretendida pelo Protocolo contra todos os princípios de Direito Internacional, passasse a haver uma ortografia portuguesa em três países e outra ortografia nos restantes quatro, o que iria contra tudo o que as partes disseram pretender!
Essa manifestação inequívoca da vontade das partes resulta logo do primeiro considerando do Acordo: "(...) O projecto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa (...) constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional."
Pelos vistos, VM defende que fique escancarada a porta à divergência essencial e não à defesa da unidade, ao descrédito e não ao prestígio da língua. Também nunca afirmei que as diferenças ortográficas que o Acordo mantém fossem "relevantes para a legalidade do Acordo". São relevantes, sim, para mostrar que o Acordo não assegura nenhuma unidade digna desse nome.
Por tudo isto, entendo que não estou a "bisar no erro", como VM diz. Ele é que está a trisar na defesa do indefensável.
* Este entendimento, de que o AO já está juridicamente em vigor em relação a três Estados (Brasil, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe), já tinha sido apresentado por VM noutro post do seu blogue. Não apenas é incorrecto pelas razões expostas, como confirma indirectamente o que eu digo, isto é, que o Acordo não entra em vigor em todos apenas com três ratificações. E tanto assim é que o Governo português está neste momento a pedir a aprovação do Protocolo Modificativo à AR, com vista à ulterior ratificação presidencial... O entendimento oficial, por uma vez correcto, é o de que a disposição do Protocolo que se contenta com três ratificações não vale absolutamente nada...
Diário de Notícias
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Vitor mango
Mensagens : 4711 Data de inscrição : 13/09/2007
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qua Abr 09, 2008 12:11 pm
Este MOURA é uma autentica rata de biblioteca capaz de se envolver em guerras porque tiram o Facto ao fato e o acento no Cagado Uma lingua é feita pelo povo
O Xines tem um alfabeto com 32000 caractres (?) e pode ser lido por toda a china
Sempre que este gajo MOURA aparece na Tv fico com dia RREIA
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qua Abr 09, 2008 12:16 pm
como se diz ovo estrelado no brasil? OVO ESTALADO!!!
Vitor mango
Mensagens : 4711 Data de inscrição : 13/09/2007
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qui Abr 10, 2008 2:34 am
Vitor mango escreveu:
Este MOURA é uma autentica rata de biblioteca capaz de se envolver em guerras porque tiram o Facto ao fato e o acento no Cagado Uma lingua é feita pelo povo
O Xines tem um alfabeto com 32000 caractres (?) e pode ser lido por toda a china
Sempre que este gajo MOURA aparece na Tv fico com dia RREIA
Ontem na quadratura do Circulo o pessoal achou que nao se devia mexer no assunto Porque ? Porque mexer em algumas palavras em nada modifica o modo como no brasil se controi uma frase Lembro-me que no Brasil quando eu escreveia um relatorio e a dava a uma secretaria da multi ela dava uma volta no paleio colocando palavras npoutra arrumação
Anarca Admin
Mensagens : 1605 Data de inscrição : 13/09/2007
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qui Abr 10, 2008 3:35 am
O importante é dar à Língua Portuguesa uma "massa crítica" que a transforme numa das mais faladas do Mundo...
O Brasil e os Países de expressão Portuguesa podem contribuir para isso...
O resto são provincianismos...
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qui Abr 10, 2008 10:36 am
Pelo tamanho, poder economico de super-POTENCIA, o PORTUGUES, de PORTUGAL esta condenado a ABRASILEIRAR-SE!!!!!!!!! O DE ANGOLA,MOCAMBIQUE,GUINE, CABO VERDE ,SAO TOME, ja se parece mais ao portugues do BRASIL!!! eM CADA 20 QUE FALAM PORTUGUES, SO 1 E O FALADO EM PORTUGAL!!! Chega-se ao ponto que os BRASILEIROS , NAO ENTENDEM o que os PORTUGUESES DIZEM!!!
Lech Walesa
Mensagens : 452 Data de inscrição : 30/01/2008
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qui Abr 10, 2008 10:44 am
RONALDO ALMEIDA escreveu:
Pelo tamanho, poder economico de super-POTENCIA, o PORTUGUES, de PORTUGAL esta condenado a ABRASILEIRAR-SE!!!!!!!!! O DE ANGOLA,MOCAMBIQUE,GUINE, CABO VERDE ,SAO TOME, ja se parece mais ao portugues do BRASIL!!! eM CADA 20 QUE FALAM PORTUGUES, SO 1 E O FALADO EM PORTUGAL!!! Chega-se ao ponto que os BRASILEIROS , NAO ENTENDEM o que os PORTUGUESES DIZEM!!!
Tudo levado ao extremo.
Parabens RONaldo.
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qui Abr 10, 2008 10:52 am
E A VERDADE que nao gostamos de ouvir!!! As vezes , o que construimos ULTRAPASSA-NOS!!!
Presidente da Junta Admin
Mensagens : 944 Data de inscrição : 17/10/2007
Assunto: PARTES DE ÁFRICA Qua Abr 16, 2008 8:53 am
Vasco Graça Moura - Escritor
Diziam os docentes do Departamento de Linguística da Faculdade de Letras de Lisboa na posição que tomaram em 1986 e que já citei aqui por mais de uma vez:
"Estranha-se que, sendo este um acordo de unificação ortográfica entre países da África, da América e da Europa que usam o português, não tenham sido previstas regras de adaptação para a ortografia de palavras provenientes de línguas africanas que já se tenham integrado ou venham a integrar-se no português."
Isto, que se aplicava ao Acordo Ortográfico de 1986, aplica-se inteiramente ao actual...
Quer-se uma demonstração deveras picante? Pois o Novo Dicionário Universal da Língua Portuguesa (Texto Editores), o tal que se proclama "conforme o Acordo Ortográfico", regista nada menos de três grafias, três, para a unidade monetária de Angola: "cuanza", "kuanza" e "kwanza"...
Na verdade, os negociadores do Acordo agiram com a sobranceria de donos da língua, esquecendo-se de que os países africanos que a falam são tão condóminos dela como nós ou os brasileiros e arrogando-se uma perspectiva do mais puro neocolonialismo.
O Acordo só cura de arrumar a questão entre Portugal e o Brasil. Os outros que se curvem docilmente ante a decisão.
Está-se nas tintas para os países africanos e para Goa (onde o português tem um valor histórico, cultural e simbólico insubstituível para os próprios goeses, cuja memória arquivada na nossa língua tem, aliás, cinco séculos), para Macau e para Timor.
Não se preocupa minimamente com o facto de as pronúncias africanas não estarem bem estudadas.
Nem com regras para a grafia de palavras provenientes das línguas africanas (ou do concanim, ou do chinês, ou do tétum), como acima se diz.
Nessa perspectiva, não enuncia nenhuma orientação para as distinções gráficas a que se refere a Base III: entre ch e x, entre g e j, entre s, ss, c, ç, e x, entre x e z...
Nem para as vogais e, i, o e u em sílaba átona (cfr. Base V; exs.: crear ou criar, cordeal ou cordial, lugar ou logar, taboada ou tabuada) que também não podem deixar de existir em inúmeras palavras africanas que sejam ou venham a ser incorporadas no português...
Para tais casos, o Acordo não define regras, não se arrima à etimologia nem aos usos e não pode remeter para a história das palavras ou para vocabulários e dicionários, como faz, aliás precipitadamente, para o léxico de matriz românica!
Também não se preocupa com o provável efeito de ensurdecimento, nas pronúncias africanas, das vogais seguidas de c e p (ditos "mudos") quando estes interferem no timbre delas, nem com as alterações e equívocos que tudo isso pode implicar para a língua, do que os linguistas têm dado sobejos exemplos: sem o p, intercepção acabará por se ler como intercessão, adopção como adução...
Tão pouco se preocupou com o efeito ainda mais caótico que é de prever para as "facultatividades" em África, sejam elas as previstas na Base IV, sejam outras quaisquer, nomeadamente no tocante a certas acentuações, como acima se exemplificou com a unidade monetária e poderia continuar a exemplificar-se com a ausência de critério compreensível que leva o mesmo dicionário a registar uma dança angolana como "kizomba" e "quizomba", mas a dar apenas a forma "quimbundo".
Num assinalável descaso, deve-se ter achado que, em se tratando de África, os léxicos locais não podiam aceder à mesma dignidade...
Estes pontos, já de si gravíssimos do ponto de vista ético, não têm nada a ver com interesses económicos, políticos ou geopolíticos, embora deles possam decorrer efeitos altamente nocivos também nesses aspectos.
São questões de ordem linguística a que os defensores do Acordo continuam a não se dignar dar resposta no mesmo plano, tal como não a dão quanto às objecções de idêntica índole que têm sido levantadas no tocante às variedades lusitana e brasileira do português.
É a tal ausência de debate científico que Albertino Bragança, representante de S. Tomé e Príncipe, há uma semana, referia na Assembleia da República.
Será isto contribuir para a "unidade" da língua? Alguém se admira ainda por a Guiné-Bissau, Angola e Moçambique não terem ratificado o Acordo nem os Protocolos Modificativos?
Diário de Notícias
Cogito, ergo sun
Mensagens : 761 Data de inscrição : 09/04/2008 Idade : 104
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qua Abr 16, 2008 9:35 am
Não é bem verdade. Não as tenho presentes. Mas pelo menos uma tenho presente: "bué". Termo angolano. Mas há mais...
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qua Abr 16, 2008 10:10 am
o portugues do brasil americanizou-se!!!!!!!!!!!!
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Qua Abr 16, 2008 10:12 am
RONALDO ALMEIDA escreveu:
o portugues do brasil americanizou-se!!!!!!!!!!!!
Correcção amaricou-se
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Sáb Abr 19, 2008 1:25 am
PELO MENOS E MAIS romantico, MAIS FLUIDO!!!
Cogito, ergo sun
Mensagens : 761 Data de inscrição : 09/04/2008 Idade : 104
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Sáb Abr 19, 2008 5:09 pm
AMERICANO escreveu:
Qualquer dia estamos a falar um português criollado!!
Eu, se fosse a si, com a sua dificuldade que tem em se exprimir em português, não me metia muito por esa via. E do que li o seu inglês também não é famoso....
Presidente da Junta Admin
Mensagens : 944 Data de inscrição : 17/10/2007
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Seg Abr 21, 2008 6:26 am
Vozes da Rádio - Samba do Acordo Ortográfico
Convidad Convidado
Assunto: Re: Acordo Ortográfico Seg Abr 21, 2008 1:37 pm
Cogito, ergo sun escreveu:
AMERICANO escreveu:
Qualquer dia estamos a falar um português criollado!!
Eu, se fosse a si, com a sua dificuldade que tem em se exprimir em português, não me metia muito por esa via. E do que li o seu inglês também não é famoso....
Almada ,Portugal 1955 !!!! Portugues Nato COM MUITO ORGULHO!!! Cada um deve ter ORGULHO do PAIS onde nasce!!!!