Dedos cortados de cinco reféns enviados a militares dos EUA
Miami, Florida, 13 Mar (Lusa) - Dedos cortados de cinco ocidentais a contrato foram enviados a militares norte-americanos no Iraque, dando aos familiares dos reféns a esperança de que ainda estejam vivos, disse o irmão de um dos capturados.
Os homens foram capturados em dois incidentes separados que ocorreram com um mês e meio de diferença há mais de dois anos, disse hoje, em Washington, fonte governamental norte-americana.
O semanário austríaco News foi o primeiro a noticiar o envio dos cinco dedos na sua edição de quarta-feira, citando autoridades não identificadas que estão a trabalhar no caso.
Patrick Reuben, um polícia de Minneapolis cujo irmão, Paul Reuben, está entre os desaparecidos, afirmou quarta-feira que o FBI (polícia federal) disse à sua família que havia a confirmação de que "
os dedos são os dos reféns".
Patrick Reuben acrescentou que a notícia dos dedos cortados era "
chocante", ressalvando, contudo, que as notícias que a família recebeu eram "
muito mais graves do que isso".
"
Mais tarde, soubemos que eram dedos e que o ADN era dos reféns", adiantou.
Quatro dos homens eram guardas de uma coluna que sofreu uma emboscada perto da fronteira kuiwaitiana a 16 de Novembro de 2006. O quinto, Ronald J. Withrow, 40, de Lubbock, Texas, era um empreiteiro que trabalhava para JPI Worldwide, raptado a 5 de Janeiro de 2007 perto de Bassorá.
Para além de Reuben, os raptados no incidente anterior são Jonathon Cote, 25, de Getzville, Nova Iorque, Joshua Munns, 25, de Redding, Califórnia, e Bert Nussbaumer, 26, de Viena, Austria, disse a fonte governamental em Washington.
Um quinto refém sequestrado na emboscada de 16 de Novembro de 2006 é John Young, 45, de Lee's Summit, Missouri. Nenhum dos seus dedos foi enviado para os militares norte-americanos.
Num comunicado, o FBI recusou confirmar se os homens tinham sido identificados pelos dedos.
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O FBI recebeu amostras de ADN e está a fazer exames", disse o porta-voz Richard Kolko. "
Compreendemos que isto é uma altura muito difícil para as famílias e discutir mais o assunto nos media não é apropriado".
O porta-voz do Departamento de Estado Sean McCormack recusou hoje comentar o assunto limitando-se a dizer: "
Continuamos a exigir a imediata libertação destes reféns para que possam regressar com segurança ás suas famílias".
Os quatro homens raptados a 16 de Novembro de 2006 trabalhavam para uma empresa de segurança com sede no Kuwait. Homens em uniforme das polícia iraquiana montaram uma emboscada à coluna perto da cidade de Safwan (Sul do Iraque).
TM.
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