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 SIS investiga ligação entre roubo de ouro e terrorismo

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Vitor mango

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MensagemAssunto: SIS investiga ligação entre roubo de ouro e terrorismo   SIS investiga ligação entre roubo de ouro e terrorismo EmptySáb Fev 02, 2008 10:47 am

SIS investiga ligação entre roubo de ouro e terrorismo


AMADEU ARAÚJO, Viseu
Financiamento de grupos terroristas em causa
O Serviço de Informações e Segurança (SIS) tem estado a acompanhar as investigações relativas aos assaltos a ourives praticados em Portugal para conhecer o circuito do ouro roubado, muito do qual vai para Espanha, e avaliar se os roubos servem para financiar grupos terroristas, apurou o DN.

Em apenas mês e meio, dois ourives foram baleados e roubados quando regressavam da feira de Trancoso. Os assaltos obrigaram Júlio Sarmento, autarca de Trancoso, a solicitar "um reforço da segurança que iniba a prática de actos de terrorismo pelos assaltantes".

O destino das "enormes quantidades de ouro roubado é quase sempre Espanha e ouve-se muita coisa. Há quem fale até na ETA", desabafa António Lote, ourives em Fornos de Algodres que aponta a " forma organizada e rápida" como são feitos e o "elevado poder de fogo dos assaltantes". Também Júlio Sarmento salientou os meios utilizados nos assaltos: "armas de grande calibre, inclusive de pistolas-metralhadoras que configuram autênticos actos de puro terrorismo". O autarca afirmou ao DN ter estado em contacto com o ministro da Administração Interna que "me garantiu o reforço policial. O senhor ministro disse-me também que o SIS tem estado a acompanhar a situação para perceber melhor o circuito do tráfico de ouro".

O DN apurou junto de fonte policial que o SIS tem trabalhado em toda a região raiana em "estreita parceria" com as outras forças policiais que operam na região fronteiriça." Esta fonte refere que "participam nas reuniões de segurança e o mesmo sucede em toda a linha de fronteira". Apesar de "a informação estar concentrada na Polícia Judiciária (PJ) e no SIS, alguma dela é transmitida às forças policiais que estão em permanência junto à fronteira", prossegue a fonte que assegura haver instruções para fiscalizar "eventuais suspeitos e mercadoria valiosa de origem duvidosa.

Hélder Almeida, comandante da GNR de Castelo Branco, afirmou ao DN que "há uma presença policial forte na raia e operações para identificar quem possa estar ligado a grupos terroristas e contrabando".

Os assaltos têm deixado os ourives apreensivos e durante a feira de ontem em Trancoso foi notada a ausência dos ourives que deixaram de comercializar no mercado semanal daquela cidade (ver caixa). António Lote, que suspendeu a actividade nas feiras, não esconde a emoção quando fala dos roubos. "Precisamos de alguém que nos proteja porque assim não conseguimos trabalhar. A quantidade de ouro roubada é demasiado elevada para que estes roubos não sejam feitos de forma organizada e em larga escala", refere. Quanto ao circuito do ouro, "a maioria vai para Espanha mas no Norte do País há quem tenha a capacidade para fundir o ouro roubado", aponta.

De acordo com fonte da PJ, que acompanha estes casos, a investigação é difícil porque "os ourives nunca contam tudo o que lhes roubam. Algum material não paga impostos ou não apresenta os quilates de lei e esses eles não reportam".

Entre as poucas certezas das forças policiais está o facto de este ser "um crime de alta rentabilidade porque se torna difícil seguir o ouro roubado". Entre as dificuldades está a facilidade com que é possível "fundir o ouro para fabrico de novas peças".

A lei determina que fabricantes de ouro se façam acompanhar do registo e origem do ouro. Mas quando as peças saem das fábricas ninguém pode afirmar se foi fabricada com ouro registado ou roubado. Acresce que "é grande a diferença de valor entre barras clandestinas e de lei. Mas na prática são o mesmo produto. Que pode ser comercializado e assim financiar actividades ilícitas como o terrorismo", conclui a fonte.

O DN pediu esclarecimentos ao MAI, que até à hora de fecho desta edição não respondeu.
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