Equador combaterá actividades madeireiras ilegais na Amazónia
O Governo do Equador anunciou hoje que vai combater a actividade madeireira ilegal na região protegida do Parque Nacional Yasuní, na Amazónia, para proteger os grupos indígenas que aí habitam em isolamento voluntário.
O comunicado do Ministério do Ambiente surge na sequência de denúncias que um grupo de madeireiros colombianos teria assassinado cinco indígenas taromenani, um dos três grupos que vivem em isolamento nas províncias de Orellana e Pastaza.
Estas denúncias serão investigadas por uma Comissão Interministerial.A Comissão, formada pelos departamentos do Ambiente, Minas e Petróleos, Património Cultural e Governo, assim como representantes militares e policiais e autoridades de Orellana, coordenará a confiscação da madeira cortada ilegalmente.Representantes da Comissão Interministerial e de nacionalidade indígena nuaorani, sobrevoaram quinta-feira a zona de Cononaco, onde consta que foram mortos pelo menos cinco indígenas, embora se suspeite de que poderão ter sido 15.
Durante o sobrevoo «detectou-se actividade madeireira», segundo o comunicado que adianta que se encontraram indícios do presumível assassínio dos taromenani, um grupo constituído por apenas várias dezenas de pessoas.
As medidas contra o corte ilegal de madeira e a investigação sobre o assassínio dos taromenani pretendem cumprir as medidas cautelares para a protecção dos povos que vivem em isolamento voluntário decretadas pelo Tribunal Inter-Americano de Direitos Humanos.
Diário Digital / Lusa
15-02-2008 21:39:00