Formação
Braga, 14 Abr (Lusa) - Centenas de formadores, ex-funcionários e estudantes começaram, às 21:00, uma «e-manifestação», com envio de e-mails às autoridades, pedindo a investigação policial do encerramento do CIDEC - Centro Interdisciplinar de Estudos Económicos (CIDEC), disse, hoje, à Lusa, o porta-voz do grupo.
João Feijó adiantou que os formadores queixam-se de burla e estranham o desaparecimento do responsável pelo Centro, que recebia apoios financeiros da União Europeia.
A e-manifestação, que termina terça-feira às 10:00, passa pelo envio de, pelo menos, cinco e-mails por cada lesado, dando conta da alegada burla.
Os e-mails de protesto estão a ser enviados para organismos públicos portugueses (Ministérios, Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social, Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu, Polícia Judiciária, Procuradoria Geral da República, partidos políticos, etc.), para o Parlamento Europeu e para a Comissão Europeia, bem como para a comunicação social.
Largas centenas de e-mails serão enviados, o que - assinala - encherá inúmeras caixas de correio.
O CIDEC encerrou recentemente os seus centros em Braga, Lisboa, Beja, Leiria e Faro, tendo, supostamente, deixado dívidas de meio milhão de euros, 70 mil só no caso do centro de Braga.
João Feijó, formador em Braga, adiantou que os últimos pagamentos efectuados pelo CIDEC "foram feitos com cheques sem cobertura".
Acrescentou que o caso foi reportado ao gabinete gestor do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social, que confirmou ter efectuado uma transferência de cerca de 500 mil euros para o CIDEC em 2006.
Segundo os formadores, o responsável pelo CIDEC, Ferreira de Sousa, está desaparecido desde Janeiro.