Cobrar custas judiciais é «poluir o instituto da adopção»
Luís Vilas Boas mostrou-se, esta quinta-feira, desiludido com a decisão do Governo de passar a cobrar 576 euros para custas judiciais no processo de adopção, considerando que esta medida «polui o instituto da adopção».
( 11:41 / 03 de Abril 08 )
O director do Refugio Aboim Ascensão manifestou-se, esta quinta-feira, desgostoso e desiludido com a decisão do Governo de passar a cobrar, a partir de Setembro, no início do processo de adopção, 576 euros para custas judiciais.
«A minha leitura é de algum desgosto» por ver o Estado taxar a «disponibilidade de alguém para ser pai de uma criança», ou seja, «para ajudar a exercer um direito fundamental da criança, que é o direito à família», disse à TSF.
Para Luís Vilas Boas, a vontade de adoptar ser taxada, mesmo que o dinheiro seja mais tarde devolvido, «polui o instituto da adopção».
Neste sentido, o director do Refugio Aboim Ascensão solicitou ao Executivo liderado por José Sócrates para repensar esta intenção, mostrando-se contra qualquer medida que possa complicar os processos de adopção de crianças.
TSF Online