Cerca de 35 mil espanhóis deixaram o trabalho no ano passado para cuidar dos filhos

Em 2007, um total de 34.816 espanhóis decidiram deixar o trabalho para cuidar dos filhos, noticia hoje o “El Mundo” online, citando números do Ministério espanhol do Trabalho e Assuntos Sociais. Mais de 95 por cento foram mulheres.

Segundo o Ministério do Trabalho, dessas cerca de 35 mil pessoas, 33.335 eram mulheres e 1481 eram homens.

“É preciso fazer contas, prescindir de um salário, adiar projectos como mudar de casa ou de carro (...). Calculo que me tenha custado uns 12 mil euros, mas valeu a pena”, conta ao “El Mundo” V. Navarro, 40 anos, pai de dois filhos que há seis meses está a tomar conta do Nicolás. “Com o meu primeiro filho estava completamente dedicado ao meu trabalho. Arrependi-me. Quando nasceu o segundo, decidi que não poderia perdê-lo”.

Segundo o Instituto espanhol da Mulher, ainda é esta quem sofre mais com a falta de infra-estruturas sociais de apoio à maternidade. No ano passado, representaram 96,4 por cento das pessoas que não procuraram emprego por razões familiares.

Actualmente em Espanha, sete comunidades – Navarra, La Rioja, Baleares, Castela e Leão, Galiza e País Basco – ajudam com quantias dos três mil a 8700 euros quem reduz o horário de trabalho ou faz uma interrupção para cuidar de menores.


13.04.2008 - 11h47
PÚBLICO